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 Álvaro Severo culpa a agência publicitária Môlins pela ausência de créditos em suas fotos no material do Massacre de Angico

Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

Mesmo após diversas solicitações do fotógrafo recifense Álvaro Severo, uma agência publicitária, da cidade de Caruaru, não deu os devidos créditos às suas imagens utilizadas em peças publicitárias. O material criado a partir das fotos auxilia na divulgação do espetáculo Massacre de Angico – A morte de Lampião. O fotógrafo esteve na redação do FAROL DE NOTÍCIAS para relatar o desrespeito da empresa com o seu trabalho, que pela segunda vez utiliza suas fotografias sem creditar as fotos na divulgação de eventos culturais de Serra Talhada. Álvaro Severo, 42 anos, é formado em Jornalismo pela UFPE e há 22 anos trabalha como jornalista fotográfico. Apaixonado pelo Nordeste, desde 1999 realiza ensaios fotográficos sobre a paisagem e a cultura pajeuzeira, com o cangaço e xaxado.

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O fotógrafo conta que o primeiro caso aconteceu quando enviou as fotos para empresa publicitária Môlins para compor o material de divulgação do Encontro Nordestino de Xaxado. “Eu enviei as fotos para a agência diretamente indicada pelo grupo (Cabras de Lampião), tomei o cuidado de pedir para que ele não esquecesse de creditar o nome do autor intelectual daquele trabalho artístico. Nessa ocasião foram produzidos outdoors, folhetos, cartazes e esse material não foi carregado com o crédito das imagens. Eu tive uma conversa com o dono da agência, por e-mail e por telefone, a justificativa dele é que em material publicitário não havia necessidade de creditar. Eu fui em busca do artigo da lei de direito autoral e encaminhei para ele dizendo que naquele parágrafo constava que mesmo que a foto fosse reeditada a autoria da imagem tinha que ser preservada e indicada no material”, explicou.

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A ausência de créditos das fotografias de Severo se tornou reincidente com a criação das peças publicitárias para o espetáculo Massacre de Angico, que começa nesta quarta-feira (22). “Cada e-mail que eu enviava para ele com o link para fazer o download das fotos eu especificava que ele tinha que dar o crédito. Quando eu vi o material estava comprovado que não tinha o crédito nas imagens. Apenas em um pequeno folder, que tem 90% de imagens de minha autoria, consta apenas a ficha técnica do espetáculo e lá tem o nome de três fotógrafos que contribuíram, mas não tem o crédito relacionando o nome do autor a fotografia correspondente”.

Severo afirma que o não reconhecimento do trabalho artístico em Serra Talhada pode afetar outros profissionais e que desta vez o fotógrafo afirmou que irá entrar com uma ação judicial contra a agência Môlins.”Sou de Recife, mas me considero mais de Serra Talhada do que da minha cidade natal, há uns 30 anos que eu vivo por aqui. O grande motivador de eu vir aqui, falar desse problema com vocês é que eu sei que existem vários outros profissionais que sofrem a mesma coisa. Há a necessidade! Não pelo dinheiro de uma ação judicial por danos morais ou poder de propriedade de uma criação que me motiva a acionar juridicamente a agência, mas sim saber que isso é um dano que sofrem vários artistas”.