Do Diario de Pernambuco

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Nesta quarta-feira (31), o golpe militar de 1964 no Brasil completa 57 anos. O novo ministro da defesa, general Braga Netto, publicou texto afirmando que o golpe deve ser “compreendido” e “celebrado”. Com o país mergulhado em uma das maiores crises militares da história, a data gerou diversas manifestações contrárias de políticos brasileiros, incluindo pernambucanos.

Nomes como o governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB), além de parlamentares na Câmara e no Senado comentaram o assunto nas redes sociais. “Hoje é um dia para ser sempre lembrado, mas jamais comemorado. Há 57 anos, o Brasil mergulhava no autoritarismo, e é preciso reverenciar aqueles que lutaram bravamente para restaurar a liberdade e a democracia. Entre eles, o nosso eterno governador Miguel Arraes, que jamais se dobrou às imposições da ditadura”, afirmou o governador Paulo Câmara.

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João Campos também publicou mensagem semelhante. “É preciso lembrar para não esquecer, não repetir. Às vésperas dos 57 anos de uma das fases mais obscuras, o Brasil se vê diante da necessidade de fortalecer ainda mais a democracia. A luta de muitos segue presente como memória viva do que somos e do que não queremos voltar a ser”, disse o prefeito do Recife.

O senador Humberto Costa (PT), foi outro a se posicionar contrário às apologias feitas ao episódio. “Ditadura não se celebra. É um caminho maldito. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Temos ódio e nojo da ditadura”, declarou o petista. Deputados federais como Wolney Queiroz (PDT) e Daniel Coelho (Cidadania) publicaram vídeos subindo a hashtag #DitaduraNuncaMais.

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A deputada federal Marília Arraes (PT) relembrou o avô, o ex-governador Miguel Arraes. “Há 57 anos, Miguel Arraes, de cabeça erguida, resistiu ao golpe militar e, como fez em toda a sua vida, defendeu a democracia, a soberania nacional, o povo pobre e trabalhador brasileiro. Desde que me entendo por gente que marco e anuncio essa data, para que nunca mais aconteça e que nas próximas gerações não haja defensores de tantas atrocidades”, falou.

Já na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), deputados estaduais como João Paulo (PCdoB), Juntas (PSOL) e Teresa Leitão (PT) repudiaram o golpe militar. Mas também houve até quem se posicionasse a favor do episódio, como os deputados Clarissa Tércio e Alberto Feitosa, do PSC. Ambos publicaram stories no Instagram exaltando a ação dos militares. “O dia em que o Brasil disse não ao comunismo”, diziam as postagens.