Publicado às 11h29 deste domingo (9)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

Hoje, Dia das Mães, amanheci com este questionamento acima citado, e resolvi dividir com vocês este imbróglio. Porque há cerca de dez anos que a minha mãe, professora Maria Luíza, partiu para o plano superior, aos 66 anos, e ainda hoje sinto a sua presença constante. Por que, após tanto tempo, não esquecemos do ventre que nos gerou, dos seios que nos amamentaram, mas bem superior a tudo isso, do amor incondicional que só as mães têm dentro de si.

E me veio um turbilhão de boas lembranças, que talvez, depois de tanto tempo, a minha mãe parece me observar, aliás, nos momentos que mais preciso. Por que ainda me lembro das tardes em que escutava o rádio ABC, ao seu lado, o seu programa predileto ‘caixinha de pedidos’? Por que ainda sinto o leve tocar dos seus lábios na minha testa, com um sonoro boa noite? Se tinha algo que gostava quando criança, era ficar doente. Acreditem. Porque eu tinha a minha mãe só pra mim. Meio que um troféu. Então, vinham as compressas na testa, o lençol, a canção ao lado da cama, e até o guaraná quando estava em processo de cura.

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O amor de mãe é infinito e sou prova disso. Foi ela, a minha mãe, que ficou ao meu lado nas minhas conquistas e nas minhas quedas. No terrível momento que me senti um ser desprezível, foi a minha mãe que chegou ao meu lado, abriu um doce sorriso, e disse que eu era diferente.

Como esquecer a forma igualitária que ela educou sete filhos. Isso, sem levantar a mão para nenhum de nós, mesmo quando estava em ataque de nervos. O máximo, pegava a sandália e só ameaçava. Logo em seguida, o abraço e o beijo. Minha mãe não era diferente, era mãe.

Quando chegava do Recife, no período estudantil, e ela estava lecionando na Escola Irmã Elizabeth, deixava as malas e saía correndo até a sala de aula. Parava a aula, estendia os braços em meio a turma e dizia: ‘este é o meu filho’. Todos batiam palmas. Para ela, é claro.

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Por essas e tantas outras que amor de mãe é imensurável e incondicional. Se a sua está ao se lado, neste domingo, não pense duas vezes: abrace-a e beije-a por muito tempo, você vai sentir falta.

Feliz Dia das Mães!