Publicado às 06h54 deste sábado (11)

Por Giovanni Sá, Editor-geral do Farol de Notícias

Finalmente o debate em tono da Reforma na Previdência chegou a Serra Talhada. Enquanto tudo era debatido na Câmara Federal, parecia que era um assunto alheio, um tanto ignorado na província. Foi só o governo municipal enviar projeto de lei à Câmara Municipal, propondo um reajuste na alíquota para servidores e taxação de inativos, que o ‘circo passou a pegar fogo’.

De um lado, os sindicalistas defendendo a categoria contra o ‘aumento extorsivo’, Do outro, o governo ponderando ser necessário, sob pena de quebra total do sistema ainda este ano. Mas, cá entre nós, quem sumiu do foco desta confusão foi o governo federal, que obriga uma ação responsável dos municípios sobre o assunto.

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Em Pernambuco, por exemplo, a reforma com aumento da alíquota e outros males foi aprovada por ampla maioria na Assembleia Legislativa, inclusive, com o apoio da Deputada Teresa Leitão, do PT, aliada do vereador Sinézio Rodrigues, que monta uma ação ofensiva para derrubar o projeto. O detalhe é que a deputada também é sindicalista, com militância na educação, Mas fechou com o projeto de Paulo Câmara.

E EM SERRA TALHADA?

Fizemos uma pesquisa detalhada, e verificamos que somente no ano passado, o município aportou cerca de R$ 11 milhões para o Instituto de Previdência Própria (IPPST). Um buraco sem fundo, pois a população está envelhecendo e o buraco só tende aumentar. Aliás, parte deste dinheiro poderia ter sido aplicado em obras sociais.

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Mas em Serra Talhada, com quase dois mil aposentados e pensionistas, segundo cálculos do governo, cerca de 1.300 que ganham salário mínimo não terão perda alguma, e cerca de 600 terão um reajuste de 1,5% na alíquota.

Mas o ‘nó’ vem agora. “Se não corrigirmos, que aliás é uma imposição legal, o município terá a certidão cassada em março, o que impede o município de receber transferências constitucionais. A prefeitura fecha”, desabafou o prefeito Luciano Duque, em conversa com o Farol, ratificando que propôs apenas a alíquota mínima de 14%.

Então, voltamos a manchete. Por que Bolosonaro ainda não entrou no foco do debate, se é um ‘pé no bucho’ imposto pelo o presidente? Que venham as pauladas!

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