Publicado às 06h deste domingo (31)

A coordenadora do Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), da Secretaria de Educação de Serra Talhada, Érica Cardeal, participou nessa sexta-feira (29) do programa Falando Francamente, na TV Farol, e explicou o investimento da Secretaria de Educação para alunos deficientes visuais.

“Nós temos onze alunos, considerando alunos que são cegos, que ficaram cegos, ou com baixa visão que estão caminhando para o processo de cegueira. Para um município do porte de Serra Talhada, nós temos um número não alto, mas também não baixo, considerável. E quando a gente fala sobre a educação dessas crianças, a gente precisa dar apoio, dar suporte. Se fosse um aluno cego, dois, onze, como é o nosso caso, ou se fossem cem”, explicou, informando que o investimento chega a quase R$ 100 mil, dos quais, R$ 40 mil só na compra de uma impressora.

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“A impressora, a manutenção dela só é feita em Recife, com um técnico especializado, de tão complexa que ela é, não é uma impressora comum. Tem o refil especializado. Ela tem um programa que somente a pessoa especializada em Impressora Braille vai poder organizar”, reforçou Cardeal.

Érica explicou para a TV Farol a importância desse investimento para as crianças: “Qualquer investimento para a educação, se tratando da educação inclusiva, que foi uma minoria por muito tempo excluída. A gente precisa de mais políticas públicas, a gente precisa de profissionais da área de psicopedagogia, assistência, psicologia, para defender essa política, e tantas outras”, disse a coordenadora, cravando:

“Eu acho que qualquer investimento, se a gente tivesse, um, dois, ou mil alunos, com essa deficiência, que são alunos cegos. A gente precisaria investir. Porque a educação inclusiva, sobretudo, é uma questão humanitária. A gente precisa garantir a equidade. Se essa equidade vai custar dez mil, vinte mil ou trinta mil, é um direito assegurado pela Constituição Federal, o direito à educação. Enquanto política pública, a gente precisa garantir esse direito. A gente pensa: “Mas vai ter retorno?” Essa criança vai estar sendo alfabetizada. O direito pela Constituição Federal estará sendo garantido. Não é só a questão da alfabetização, mas a permanência. A questão daquela criança ter o direito de ser reconhecida e de reconhecer a sua língua.”

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