DUQUE - REUNIÃO - COMPESAO feitiço virou contra o feiticeiro. Este ditado popular cai muito bem no imbróglio criado pelo prefeito Luciano Duque envolvendo a Compesa e o governo municipal. No último dia 19 de fevereiro, o prefeito disparou críticas à Compesa cobrando a aplicação de R$ 85 milhões para obras de saneamento básico em Serra Talhada (relembre).

Inconformado, na última sexta-feira (19) Luciano ‘ressuscitou’ um termo de concessão de 1973 para colocar toda a responsabilidade do saneamento básico de Serra Talhada nas costas da Compesa.

Mas, nessa segunda-feira (22), o FAROL conversou, por telefone, com o presidente da Compesa em Pernambuco, Roberto Tavares, que além de rebater as críticas do prefeito exigiu que ele apresentasse provas quanto ao aporte de R$ 85 milhões.

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“Eu aprendi que na política deve sempre se dizer a verdade pois a Compesa nunca recebeu estes recursos porque nunca foi assinado qualquer tipo de convênio. Se tem convênio, que se apresente a cópia. Agora, o projeto que foi feito pela prefeitura, acredito que na gestão do ex-prefeito Carlos Evandro, ficou obsoleto e desatualizado. Serra Talhada cresceu muito nestes últimos dez anos e o projeto não serviu mais. Por isso que não houve convênio com o Governo Federal”, explicou Tavares.

De forma didática, o presidente da Compesa esclareceu que o governo Paulo Câmara assinou um convênio de R$ 1 milhão junto ao Banco Mundial, para garantir o saneamento da Capital do Xaxado. “Estes recursos estão dentro do Projeto Capibaribe e Serra Talhada é a única cidade do Sertão a ser contemplada”.

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DOCUMENTO DE 1973

Ainda durante a entrevista, Roberto Tavares fez questão de comentar o gesto de Luciano Duque que trouxe à tona um documento da época da ditadura militar para justificar a ausência de ações por parte da prefeitura.

“Este termo de concessão foi feito não apenas com Serra Talhada, mas com 172 municípios de Pernambuco, por que era uma exigência. A concessão por 50 anos é para abastecimento e esgotamento sanitário. Agora, o dinheiro do saneamento básico tem que vir do governo federal”, reforçou Roberto Tavares.