Cerca de 700 moto-taxistas de Serra Talhada deverão tomar as ruas em protesto na próxima sexta-feira (5), para reivindicar do poder municipal a regularização da categoria. A polêmica em torno do assunto começou ainda na gestão do ex-prefeito Carlos Evandro, em 2010. Desde esse período, o número de motoqueiros na cidade só fez aumentar e muitos deles estão rodando sem qualquer condição.

De acordo com um dos organizadores do movimento, que já está sendo chamado de “Moto-Táxis Já”, Luiz Aparecido de Souza, 38 anos, a classe deve somar forças junto aos protestos marcados para acontecer nesta sexta-feira (5), saindo às 16h da Praça Lampião. Esse será o segundo grande ato promovido pelo movimento “Acorda Serra”, puxado, principalmente, pela juventude local exigindo melhoria para uma série de questões.

MOTO-TAXISTA LUIZ APARECIDO VISITOU A REDAÇÃO DO FAROL PARA DIVULGAR O MOVIMENTO

“Queremos que o prefeito agilize a nossa regularização, pois essa discussão se arrasta desde março de 2010. E que acelere o processo de liberação das nossas placas vermelhas. Faz três anos que estamos esperando. Além disso, queremos que o governo libere também os certificados de quem participou dos cursos preparatórios para regularização do serviço. Isso vai nos dá a garantia de que estamos trabalhando conforme a lei”, citou Luiz Aparecido de Souza, que é moto-taxista há 15 anos em Serra Talhada.

FIQUE POR DENTRO

Em Serra Talhada, dos 750 motoqueiros catalogados, só 300 conseguiram se enquadrar nas novas normas preconizadas pelas resoluções 350 e 356 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), de 2010. De acordo com as orientações do Denatran, passa a ser obrigatório o uso de itens de proteção entres os motoqueiros habilitados, como cotoveleira, colete reflexivo, antena corta-pipa, protetor de pernas, luvas fechadas e capacete com visor.

Além disso, os profissionais devem se submeter a um curso especializado com duração de 30 horas, e as motos, exibir placas da cor vermelha, designando veículo de aluguel. Os mototaxistas serratalhadenses que não estiverem cadastrados na prefeitura e não possuírem equipamentos e o curso exigido pelo Denatran poderá ser impedido de trabalhar. Até o momento, as discussões em torno do tema vem sendo de responsabilidade da Secretaria de Serviços Públicos.