Está oficializada a guerra entre o prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), contra os servidores municipais e todos os vereadores da Capital do Xaxado, até os da base governista. A prova foi a nota enviada pelo gestor, através da sua assessoria de imprensa, no fim da tarde desta quarta-feira (6), pedindo “razão” aos parlamentares e refutando qualquer tipo de acordo que contrarie o projeto original do executivo. O documento prevê o aumento de 2,5% na alíquota previdenciária para o funcionalismo público.

Na nota, Duque deixa bem claro que não quer arredar o pé da sua proposta, a qual considera “cidadã”. E mede forças com os vereadores rejeitando o reajuste em 1% no valor do imposto, sugerido pelos nove parlamentares da sua bancada, no início da semana, que só não contou com o apoio do petista Sinézio Rodrigues. Ele reivindica aumento zero para o servidor.

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“Cada proposta apresentada (pelos vereadores), reduzindo a alíquota sugerida pelo Governo Municipal, seja em que percentual for, só penaliza a sociedade. Cada 1% que se diminui da proposta original, significa 1% a menos em investimentos na saúde, na educação, no saneamento e no desenvolvimento do município. Pensem e ajam com a razão”, cobrou o prefeito, em nota da assessoria.

DISCURSO FÁCIL

Luciano criticou, novamente, os vereadores que são contrários totalmente ao seu projeto, como Sinézio Rodrigues, acusando-os de praticarem o “discurso fácil”, perante “propostas intransigentes de reajuste zero”. Duque fez questão de provocar, afirmando que alguns parlamentares estariam buscando tirar dividendos eleitorais da polêmica. E mandou-os  “descer do palanque”.

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O prefeito insinuou que os vereadores não estariam dispostos a encarar a realidade da gestão a qual eles mesmos defendem, e cobrou da bancada, além de “razão”, “consciência”. Luciano fecha o texto se autoelogiando. Na nota, defende que está à frente de um governo “sério” e “transparente”.