Foto: Alejandro Garcia/Farol Imagem

O presidente do Instituto de Previdência Própria de Serra Talhada (Ippst), Jânio Carvalho, acabou dando um “show” na sabatina realizada nesta segunda-feira (1), na Câmara Municipal de Serra Talhada. Por mais de 1 hora, o gestor respondeu a todas as perguntas dos vereadores e em alguns momentos partiu para o ataque. Entretanto, um dos pontos altos do debate foi protagonizado por ele e o líder da oposição, Gilson Pereira.

O parlamentar acusou o gestor do IPPST de ter “prevaricado” e condenado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por não ter denunciado o ex-prefeito Carlos Evandro (PSD), que não fez o aporte da parte patronal por 13 meses. “Vossa Excelência está sendo condenado por inércia. Lei é lei e o senhor prevaricou quando não denunciou o ex-prefeito Carlos Evandro”, disse Pereira.

“Fui nomeado pelo prefeito Carlos Evandro. Nunca vi nenhum gestor entrar com ação contra o prefeito. Isto não acontece no Governo do Estado e nem na presidência da República”, se defendeu Jânio Carvalho, provando sua lealdade. “Não cometi inércia. O TCE fez que não viu, pois houve uma confissão de dívida por parte do ex-prefeito”, acrescentou.

PERGUNTAS

A maioria das perguntas partiram dos vereadores da oposição. Da base governista, fizeram questionamentos os vereadores Sinézio Rodrigues (PT), Manoel Enfermeiro (PT) e José Raimundo Filho (PTB). No final, todos os parlamentares de oposiçao fizeram questão de parabenizar Jânio Carvalho. “Gostaria de parabenizar o senhor que criou coragem de vir aqui”, disse Gilson Pereira, recebendo o aparte de Carvalho. ” Coragem eu sempre tive e nunca deixei de vir aqui. Não tenho nada a esconder”, reforçou.

COMPROMISSO

No témino da sabatina, alguns compromissos foram assumidos pelo presidente do IPPST, Jânio Carvalho. Até a próxima quinta-feira (4) a Câmara Municipal vai indicar um membro para compor o Conselho Fiscal da Previdência e o gestor terá que enviar cópias de todas as atas de reuniões do conselho fiscal realizadas em 2012. Jânio Carvalho confirmou que os valores não repassados à previdência pelo ex-prefeito Carlos foram superiores a R$ 4 milhões.