Às vésperas de uma parada de advertência por parte dos servidores municipais, que acontece nesta sexta-feira (4), o vereador e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintest), Sinézio Rodrigues, mandou um duro recado ao prefeito petista Luciano Duque, que deseja aumentar a alíquota da previdência própria para o servidor de 11% para 13,5%.

“Quando não se tem diálogo vai na pressão. E essa pressão vai ter seu efeito. Se for preciso, vamos fazer uma grande greve e até vigília em frente à prefeitura. O prefeito não pode colocar toda a carga nas costas do trabalhador. Estamos sempre abertos para o diálogo. Diferente do governo”, disparou o vereador, durante entrevista a rádio Cultura FM, nesta quinta-feira (3). O curioso é que o vereador está cotado para ser o líder do governo na Câmara de Vereadores.

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Durante a entrevista, Rodrigues cobrou do prefeito uma postura de identidade com o Partido dos Trabalhadores (PT). Duque foi alçado ao PT de última hora, há pouco mais de um ano, depois de militar por mais de uma década no conservador grupo político do deputado Inocêncio Oliveira (PR).

“Se esse governo foi de fato forjado nas lutas e movimentos sociais não pode dizer não aos trabalhadores. Por isso que a maior parte da carga tem que ser do governo”, disse Rodrigues, se referindo, mais uma vez, ao aumento da alíquota previdenciária.

Além da parada de advertência por 24 horas, o Sintest programou um calendário de protestos até a votação do projeto na Câmara de Vereadores. “O município foi omisso na questão da previdência. E vamos fazer as mobilizações sem sofrer retaliações e com liberdade”, alertou o vereador.