
Por Maria Edvirgem, escritora e professora serra-talhadense
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na autorreflexão.”
Tomando como referência as palavras do educador e pedagogo Paulo Freire, que sempre primou por uma educação abrangente e inclusiva, com prioridade em inserir os indivíduos no contexto social, tornando-os livres e pensantes, conscientes de seus direitos e deveres, bem como capazes de escrever sua própria história. Ele entendia a escola como um espaço gigante de interações, onde todos desempenham papel fundamental na busca incessante pelos saberes e no compartilhamento de experiências vividas e sonhadas.
É a profissão mais complexa, desafiadora e encantadora que existe. O professor não nasce pronto: seu crescimento é construído ao longo de sua trajetória, juntamente com seus alunos, companheiros de jornada e toda a comunidade escolar.
A sala de aula é um verdadeiro palco. Quando abrem as cortinas e as luzes se acendem, entra em ação o verdadeiro artista, disposto a lidar com tantas diversidades e adversidades. O planejamento é indispensável – é o roteiro que norteia o contracenar, nem sempre seguido à risca, pois muitas vezes o improviso se faz necessário. É como se precisasse pegar um atalho, enveredar por outros caminhos e chegar ao destino com o almejado sucesso.
O fazer pedagógico não é o “estar”, é o “ser” de forma total. Professor(a) que se reinventa ao longo desse caminho, transpondo barreiras – muitas vezes imensas e cruéis -, mas vitais na construção de novos olhares, novos patamares, do reconhecer-se, do inebriar-se do seu tão belo e ímpar dom e de suas facetas.
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Sua plena realização é a reciprocidade de olhares, de (des)encontros e encantos, de aprendizagens e afetos, de merecidos sorrisos, de tatuagens impressas na alma, de lembranças fixas na parede da memória… de saudades eternas… gravadas… dentro do coração!
Serei para sempre professora! Esse universo ainda me pertence. Dediquei metade da minha existência ao exercício constante do ensinar-aprender e tenho certeza de que nada foi em vão. Apesar de alguns entraves, por vezes até necessários, o saldo é positivo.
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Assim, permito-me usufruir de todos os sentimentos que vivi, que continuam impregnados em mim, como as lembranças que me acompanham, das emoções que brotaram em cada gesto, dos aplausos no final de cada ato, do riso ou choro fácil. E depois de tantos ensaios, acredito ter sido mera figurante, coadjuvante e protagonista de um grande espetáculo.
Homenagem aos meus diletos colegas de profissão
Um especial abraço aos meus ex-alunos(as), do “Normal Médio” ou não, que escolheram esse caminhar
7 comentários em Opinião: Professor é a profissão mais complexa e desafiadora que existe