Uma leitora e professora do Colégio Cônego Torres, que pediu para não ser identificada, procurou a redação do FAROL DE NOTÍCIAS denunciando que a Polícia Militar agiu com brutalidade ao abordar um motoqueiro nesta quinta-feira (9), na Capital do Xaxado.

A docente alega que a PM abusou da violência e não teve a mínima preocupação com as pessoas que estavam passando na rua no momento da abordagem. “Todos ficaram chocados”, disse ela.

O motoqueiro teria desrespeitado orientação policial, por isso foi alvo da ação dos policiais. O FAROL também ouviu a versão da polícia. A seguir, transcrevemos a íntegra da denúncia da professora e explicação do comando do 14º Batalhão de Polícia:

“Em frente a escola Cônego Torres, dois policiais da Rocam vinham perseguindo um rapaz em uma moto cor vermelha. O rapaz parou e eles começaram a bater muito, deram uma tapa na cara dele, enforcaram o rapaz até ele cair no chão. Depois de tudo isto ia passando no local uma viatura na qual ia um tenente e parou. Ele viu algumas coisas do que os policiais da Rocam fizeram.

Um deles, o que bateu continência, foi o que mais bateu no rapaz. Depois que algemaram o moço, ainda lhe bateram mais. Este fato ocorreu as 6:40 desta quinta-feira (9)  na calçada do Colégio Cônego Torres. Alguns professores que iam entrando para da aulas ficaram horrorizados com a ação da polícia. Até uma senhora que tem uma banca de confeitos na calçada chorou muito ao ver aquilo. Nós não podíamos chegar até eles pois  eram muito agressivos”.

O OUTRO LADO

Segundo o comandante do 14º BPM, tenente-coronel Wanderley Carvalho, os policiais em questão não usaram de truculência, mas agiram com a força necessária neste caso. O comandante informou que o motoqueiro estava embriagado e pilotando a motocicleta quando foi abordado por PMs do Gati (Grupo de Ações Táticas do Interior).

“O motoqueiro estava sendo conduzindo para Delegacia escoltado por nossa equipe. Nas proximidades da delegacia, tentou fugir pilotando na contramão, forçando os nossos policiais a realizar uma manobra arriscada e perigosa. Não houve truculência, ma uso da força necessária já que o mesmo estava em fuga”, explicou Wanderley Carvalho. Segundo o comandante, foi realizado um teste de alcoolemia no rapaz e confirmando 0,66 de teor alcoólico.