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Publicado às 14h05 desta terça-feira (30)

Uma professora que solicitou anonimato procurou a redação do Farol, nesta terça-feira (30), e denunciou o que classificou de ‘onda de espionagem’ nas salas de aula da Rede Municipal de Ensino de Serra Talhada (RME). De acordo com a docente, supervisores comissionados estão entram de repente nas salas de aula, e avisam que a aula está sob ‘monitoramento’.

“É um negócio muito constrangedor… muito constrangedor. Tem supervisor que passa a tarde na sala de aula. A gente está sendo fiscalizada em sala de aula de uma forma que não é justa. Será que podemos fiscalizar, também, o trabalho dos supervisores? Não.”, explicou a professora informando que o ‘novo estilo’ do governo Duque teve início a cerca de quinze dias.

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OUTRO LADO 

A reportagem do Farol de Notícias entrou em contato com a Secretaria de Educação,  Marta Cristina Xavier, para averiguar a denúncia do professor e saber os motivos do monitoramento das salas de aula de Serra Talhada. A gestora justificou que os coordenadores escolares foram incumbidos da missão de monitorar a aplicação de programas de alfabetização e letramento.

“Nós temos alguns programas implantados na nossa Rede Municipal de Ensino, alguns já existiam como o ‘Alfabetizar com Sucesso’, que é do governo do estado; o ‘Educa Serra’, um modelo do Ceará; e o Criança Alfabetizada, também do governo do estado. Programas que primam pela alfabetização no tempo escolar adequado. Modelos que são copiados para o Ensino Infantil e Fundamental I e II. Estes são planejados semanalmente, repassado aos professores e ao longo da aplicação na sala de aula são acompanhados pelos coordenadores”, detalhou Marta Cristina, complementando:

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“Essas metas são aplicadas também a secretaria, para que disponibilize material em tempo hábil para os professores. São cerca de 30 coordenadores que monitoram as metas, prazos e identificam as dificuldades dos alunos e professores na execução dessas atividades conforme o planejamento. Isso é de praxe e obrigatório, é uma ação prevista dentro dos programas. Não é nada fora do comum e eu entendo a rejeição dos professores, pois antes eles ficavam soltos, sem orientação. Pode acontecer alguma conduta inadequada desses coordenadores, entendo que eles podem se exceder em algo e para eu poder monitorar melhor precisaria saber de qual escola partiu o problema”.