Do g1 Mundo

Foto: Vasily Krestyaninov/AP

Autoridades do Cazaquistão anunciaram nesta segunda-feira (10) que quase 8 mil pessoas já foram detidas pela polícia durante os maiores protestos do país desde a sua independência da União Soviética, há mais de 30 anos.

Outras 164 pessoas — incluindo 3 crianças — morreram nas manifestações, que começaram após o governo praticamente duplicar o preço dos combustíveis. Os atos cresceram, se espalharam pelo país e foram duramente reprimidos pelo governo.

Mas as pessoas continuaram nas ruas e, em meio à violência, manifestantes incendiaram a prefeitura de Almaty, maior cidade e capital econômica do Cazaquistão, e chegaram a tomar o aeroporto da cidade.

O Ministério do Interior do Cazaquistão informou que 7.939 pessoas foram detidas em todo o país e cerca de 2 mil ficaram feridas.

O ministério estimou os danos materiais em cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão) e disse que mais de 100 empresas e bancos foram saqueados e cerca de 400 veículos, destruídos.

O presidente Kassym-Jomart Tokayev afirmou nesta segunda que os eventos da semana passada foram uma “agressão terrorista” contra o país. Na sexta, ele havia autorizado a polícia a “atirar para matar sem aviso prévio”.