O secretário executivo de Saúde de Serra Talhada, José Alves de Lima, abriu o verbo, nesta sexta-feira (24), afirmando que o problema de superlotação dentro do Hospam (Hospital Regional Agamenon Magalhães) é histórico. Apesar disso, ele admitiu que o atendimento nos postos de saúde do município está em crise por conta da ausência de médicos, mesmo após o processo seletivo para contratação de profissionais aberto pelo prefeito Luciano Duque (PT) no início do ano. Durante entrevista à rádio Cultura FM, José Alves contabilizou quatro postos sem médicos nos bairros Mutirão, Ipsep II, Bom Jesus e São Cristovão.

O secretário garantiu que o município está providenciando a contratação de profissionais e defendeu que não é devido a falta de médicos nos postos que o Hospam vive superlotado. “Abrimos o processo de contratação, mas infelizmente não conseguimos a plenitude de médicos para os nossos postos. Essa dificuldade é em todo o Brasil, não é só um problema de Serra Talhada. Hoje, temos ainda quatro postos sem médico, e estamos correndo atrás para amenizar isso. Mas essa superlotação no Hospam é histórica”, disse o secretário.

José Alves rebateu críticas disparadas por alguns médicos do hospital. Eles culparam a falta de profissionais nos postos pela superlotação do Hospam. A unidade de saúde enfrentou mais um dia de caos nesta quinta (23). Quem entrou no hospital presenciou pacientes no chão, espalhados pelos corredores e muito tumulto (LEIA AQUI). O secretário executivo de Saúde adiantou que, em 60 dias, a prefeitura deve inaugurar uma unidade de prontoatendimento que funcionará até às 22h no bairro Bom Jesus oferecendo atendimento clínico e pediátrico para amenizar a crise nos postos.