Estudantes da Uast/UFRPE (Unidade Acadêmica de Serra Talhada) estão revoltados com a direção da unidade e começam a planejar mais um protesto. De acordo com os alunos, a venda de lanches fora da instituição foi proibida, o que acabou beneficiando somente um restaurante privado e que atua dentro do centro universitário. O local vende almoço, doces e salgados a um preço médio de R$ 6. Indignada, a classe estudantil alega que é livre para se alimentar onde bem entende. Mas não existem opções na Uast e quando aparecem a instituição ceifa esse direito, perpetuando um monopólio, reclamam.

“Nós ainda não temos restaurante universitário e sabemos que nem todos têm condição. Na Uast atendia um cara que chamávamos por ‘Mosquito’, e que levava lanches para os estudantes a um preço mais acessível que o restaurante atual. Fomos pegos de surpresa, pois disseram que ele (Mosquito) não poderia mais vender lanches na Uast. Como assim? Se já não temos opção! Queremos apenas o nosso direito de escolha”, reclama a estudante Vera Nascimento, do curso de Ciências Econômicas.

Ela conta que o vendedor oferecia lanches na parte externa da universidade e que ele teria sido alertado por um funcionário sobre a proibição. “Nós perguntamos a esse funcionário porque mandara o ‘Mosquito’ não vir mais, e ele respondeu que o vendedor deveria pedir autorização na unidade de Recife para comercializar seus lanches na instituição em Serra. Isso é um absurdo por que quem acaba beneficiada é só uma lanchonete que está vendendo comida a um preço inacessível”, desabafa Vera Nascimento, com tristeza. Ela conta que os estudantes planejam realizar um protesto na próxima semana contra o monopólio alimentar na Uast.

PROTESTO EM FAVOR DO RU

Essa não é a primeira vez que surgem polêmicas envolvendo a pauta da alimentação na unidade de Serra Talhada. Na semana passada, centenas de alunos se mobilizaram para protestar contra a demora para inaugurar o Restaurante Universitário (RU) (leia aqui). O equipamento deve oferecer almoços regulares a baixo custo, e é aguardado com ansiedade pela comunidade estudantil. De acordo com informações do DCE da Uast, o índice de evasão cresce no centro acadêmico por conta, também, da falta de estrutura que a instituição não vem oferecendo para atender a necessidade alimentar dos alunos.