Fotos:Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 04h57 desta quarta-feira (17)

Máscaras, protetores faciais, litros e litros de álcool em gel e higiene redobrada. Essa tem sido a principal preocupação dos lojistas serra-talhadenses na flexibilização do isolamento social contra o coronavírus. Um dos setores mais aguardados para o retorno estavam os salões de beleza e barbearias, que retornaram nessa segunda-feira (15). O Farol de Notícias foi até alguns estabelecimentos do centro da cidade para saber como está sendo o retorno do isolamento social em quase três meses de portas fechadas.

Oseias de Souza Silvestre, 22 anos, morador do bairro Vila Bela e trabalha na Barbearia 2 Irmãos há quase três anos. O proprietário estava ocupado com um cliente e pediu ao jovem para atender o Farol. Ele trabalha como barbeiro desde os 13 anos com o pai, analisou que a volta ao trabalho é positiva, mas teme o aumento dos casos de covid-19 na cidade e afirmou que na barbearia do ‘beco do Bradesco’ todos os instrumentos, chão e cadeiras são rigorosamente higienizadas.

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“Foi difícil, mais de dois meses sem trabalhar, a gente é autônomo e sem trabalhar não come. Então, o tempo que a gente está parado é ruim por isso. A volta é bom por uma parte, mas ruim devido o possível aumento dos casos. Aqui para prevenir estamos passando pano com água sanitária, esterilizando todas as tesouras, máquinas, lavando pentes e escovas. Todos os nossos materiais. Usando máscara, estamos atendendo apenas um cliente por vez. E aos poucos voltando, atendíamos antes, os dois, mais de 20 clientes. Nesse segundo dia, ao todo devemos estar atendendo uns 10 por dia”, relatou Oseias.

Na Rua dos Correios, o salão Rechelly, das irmãs Renata e Michelly, retornaram nesta terça-feira (16), já com clientes de manicure e serviços de cabeleireira. Michelly Cristina do Nascimento Santos, tem 37 anos, e trabalha no ramo da beleza há 15 anos. Em fase de testes, a profissional enfatizou que está muito cuidadosa com o retorno, pois está amamentando, convive com o seu avô idoso e sua sogra que requerem cuidados redobrados.

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“Estamos retornando aos poucos, porque estamos com muito medo. Nessa situação é tudo muito novo, não tem vacina e nada que faça a gente se sentir mais seguro. Estamos tendo os cuidados necessários com todos os EPIs, máscara, luva, jaleco, água sanitária. Diminuímos a quantidade de cadeiras, mantendo a distância e evitando aglomeração com atendimento agendado, um por um. Nem nossas funcionárias retornaram ainda já para evitar o risco. Estamos analisando, se virmos que os casos estão aumentando novamente fechamos”, declarou.