Atualizado às 16h09 desta terça-feira (27)

“A maquiagem está caindo agora”. Foi com essa frase que o deputado estadual Sebastião Oliveira (PR), ex-candidato a prefeito de Serra Talhada, quebrou, finalmente, o silêncio para comentar o fechamento da gestão do prefeito Carlos Evandro (sem partido) após oito anos de governo.

O parlamentar sinalizou, em entrevista ao radialista Francys Maia, que o poder municipal estaria mal das contas por falta de planejamento e que teria se aproveitado politicamente de ações dos governos Federal, Estadual e dos próprios deputados Sebastião, Inocêncio Oliveira e Augusto César (PTB) para ganhar popularidade.

‘Sebá’ disse ainda que a Prefeitura de Serra Talhada gastou muito com locação de carros, imóveis e contratação de pessoal se preparando para as eleições. E isso teria contribuído para elevar a moral do gestor junto ao eleitorado. Mas não seria o bastante para “salvar” a boa imagem da prefeitura.

“A popularidade dele (Carlos) cresceu porque a máquina inchou. Muita gente foi contratada temporariamente. Carros foram locados… Mas quando aumenta-se a gastança pública, diminui a eficiência nos investimentos. Até o próprio Manoel Santos (PT) chamou recentemente o governo dele de ineficiente e burocrático (leia aqui). A prefeitura de Serra esteve o tempo todo bem distante do modelo exemplar de gestão. Faltando duas semanas para a campanha fizeram o sorteio do Minha Casa Minha Vida, sem nem terem feito vistoria pela Caixa (Econômica). O que havia nesta gestão, na realidade, era uma grande maquiagem e ela está caindo agora. Se o futuro gestor continuar com esse modelo, ele (Duque) não terá bons dias pela frente”, alfinetou o parlamentar.

Sebastião destacou que não teria obrigação alguma em ajudar o prefeito eleito Luciano Duque (PT), já que a população o fez oposição. “Eu não tenho obrigação nenhuma em ajudá-lo. O que vou fazer é continuar trabalhando por Serra Talhada”, diferenciou. Sebastião desdenhou também do prefeito Carlos Evandro ao comentar sobre o futuro político do prefeito, que chegou a dizer que vai ouvir o governador Eduardo Campos (PSB) para decidir sobre em qual legenda irá se filiar. “Isso pouco me interessa. Mas, se me perguntassem no lugar dele, eu diria para o PT, por coerência. No entanto, coerência nunca foi um artifício muito presente no prefeito. Quando ele foi convidado para entrar na legenda (PSB) em 2006, não quis. Agora quer ser adesista? O goverador sabe quem é adesista e companheiro de primeira linha. Quando um navio navega em mares tranquilos, todo mundo que subir nele”, provocou.