Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 05h10 desta terça-feira (22)

A Secretária de Educação de Serra Talhada, Marta Cristina, compareceu aos estúdios da TV Farol, nessa segunda-feira (21), e durante o programa Falando Francamente, a partir das 11 horas, fez um balanço da sua pasta, debateu sobre o difícil ano de 2020 com o viés na educação, e aproveitou para responder uma provocação de um grupo de professores, que enviou uma carta ao programa, cobrando respostas sobre o rateio do Fundeb 60%.

VEJA A ENTREVISTA DE MARTA CRISTINA NA TV FAROL

DISCORDO DE PROFESSORES REVOLTADOS

”Eu costumo dizer assim: um gestor, especificamente de educação que se arrisca a não fazer uso do Fundeb como preconiza a lei, seria muita burrice. A gente se propor a assumir uma pasta e investir o dinheiro no que não pode, Fundeb 60% é para os professores, 40% é para a manutenção do ensino. O título da carta ”Professores Revoltados”, eu discordo porque eu não recebi essa carta ainda, por exemplo, dos órgãos. Nós temos 3 instituições em Serra Talhada que representam os professores, que é a associação, é o SINPRO e o SINTEST. Eu não recebi nenhuma carta ainda com esse título, embora receba.

Não sei se vou receber daqui para frente, mas não concordo com o título, dizer professores no plural, porque a gente tem dado transparência sim. Há um, digamos assim: há um desentendimento em todos os municípios porque geralmente os conselhos, os sindicatos pedem a prestação de conta e com toda razão, isso é de nossa obrigação fornecer todos os dados necessários. O antigo conselho do Fundeb me cobrava isso e a gente sempre fornecia. A atual presidência do conselho também nos cobra e a gente tem fornecido tudo que pode, assim como os sindicatos.

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A gente ainda não consegue, ou talvez hoje já, mas semana passada a gente não tinha novembro fechado ainda. Não significa dizer que não fechei o mês, eu já paguei tudo e já tenho toda a documentação dessa prestação de contas para encaminhar para os conselhos e sindicatos. Geralmente um mês entra no outro, não em termos de gastos financeiros, mas a prestação de conta eu não consigo entregar a cada 1º do mês seguinte. Terminou hoje, amanhã eu já entrego, não, isso sempre foi um problema em todos os municípios, pelo menos com quem eu converso. Os sindicatos tem toda razão, eles cobram e querem celeridade numa situação que a gente não pode oferecer no tempo que eles querem, mas a gente entrega, antes de fechar o mês seguinte a gente entrega o mês passado.

FALAR EM RATEIO SEM PAGAR DEZEMBRO?

Como que eu posso dizer se tem rateio ou não se eu ainda não paguei dezembro? Eu ainda tenho as despesas de dezembro, se eu conseguir pagar o 1/3 de férias em dezembro, a gente paga. A grande maioria das pessoas recebem o segunda parte do seu 13º, que vocês sempre falam, no aniversário. Algumas pessoas não requerem essa antecipação, outras fazem aniversário em dezembro e recebem junto. Para eu poder saber se sobrou dinheiro eu preciso fechar dezembro e resposta, seja eu, seja outro secretário, a gente só tem para dá em janeiro.

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O que é que me entristece, professor que escreveu essa carta, ou professora, é que desde 2018, desde o dia que eu assumi a secretaria, nunca foi nublado nenhuma informação, nem retirado nenhum centavo do Fundeb 60%, especialmente do Fundeb 60%, que não tivesse chegado as mãos de vocês. Então, se em 2020 houvesse obra de 1 real, esse 1 real vai chegar nas mãos de vocês. A gente não sabe dizer isso agora, se informaram ao autor da carta que não havia rateio, oficialmente isso não foi da secretaria porque nós não informamos a ninguém porque nós não fechamos as contas de 2021 ainda.

Eu não tenho a menor condição de dizer que teremos ou não rateio porque eu não fechei as contas ainda, eu não fiz o pagamento de vocês ainda do mês de dezembro, a gente não pagou o 1/3 de férias, não sabe se vai dá para pagar ainda em dezembro, não sabe como serão as entradas porque as entradas dependem do tanto que se vendem, do tanto que se arrecada, então a gente não sabe como se comporta as compras e as vendas nesse Natal para que gere esses impostos, mas eu me comprometo, como sempre me comprometi, que qualquer sobra chegará nas contas dos professores impreterivelmente, isso é uma missão que a gente assume. Luciano nunca questionou isso, eles sempre chegaram nas mãos de vocês.

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SERIA DESONESTO NÃO PRESTAR CONTAS

Lá atrás, houve uma divergência de opiniões e má interpretações, e eu não culpo porque a coisa mais difícil para a gente que é professor é entender toda essa contabilidade do Fundeb e dia 31 de dezembro havia uma sobra de R$ 2 milhões e ficou todo mundo muito feliz, porém a folha liquida de dezembro havia sido paga em dezembro de 2018, a líquida, a bruta que são os encargos, os repasses de previdência, e tudo mais ainda não tinha acontecido.

Quando a gente pagou toda a conta, sobrou R$ 1, 7 milhão que foi o que foi distribuído para os professores. Até hoje alguns professores questionam: cadê a diferença do R$ 1, 7 para 2 milhões?’ A gente tem isso tudo documentado, eu sou muito tranquila em relação a isso. A nossa contabilidade é de extrema competência e idoneidade e repito, seria muita burrice se a gente mexesse e desonesto não prestar conta como deveria.

O Falando Francamente é de 2ª a 6ª das 11h às 12h na TV FAROL no YouTube