insegurançaUm mês após a última onda de assassinatos que aterrorizou a população de Serra Talhada, o município completou, nesse 22 de abril, 30 dias sem registros de homicídios. Em 22 de março, cinco execuções haviam sido registradas em menos de 24 horas na cidade, elevando o número de CVLIs (Crimes Violentos Letais Intencionais) no município para 17 em pouco mais de dois meses, quantia superior à registrada durante todo o ano de 2013.

Também, há um mês atrás, o secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, visitava a Capital do Xaxado para prestar satisfações à população sobre as providências do governo em relação à segurança pública. Uma das medidas resultou no fortalecimento das ações nas ruas pelo comando 14º BPM, que tem atuado no deslocamento de equipes para atender ocorrências, em trabalhos de fiscalização e prevenção nos bairros.

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As orientações também envolvem o trabalho da Polícia Civil na elucidação dos últimos casos registrados. A SDS designou o delegado Isaías Novaes, do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), como responsável em comandar uma equipe especial criada exclusivamente para desvendar os crimes na cidade.

INVESTIGAÇÕES PARARAM

Mas, segundo informações da Polícia Civil, há cerca de 20 dias que a equipe não retornou mais a Serra Talhada para dar continuidade aos trabalhos, que estão parados. De janeiro até este mês, boa parte dos assassinatos continuam sem elucidação. O FAROL entrou em contato por diversas vezes, por telefone e email, com a assessoria de imprensa da Polícia Civil de Pernambuco, em Recife, que não respondeu nossas solicitações.

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Tentamos confirmar com a assessoria da PC a informação de que após as primeiras investigações, a equipe da DHPP que deveria atuar por tempo indeterminado na cidade vai sofrer mudanças e novas orientações. E se esse é o motivo da paralisação da investigação. As perguntas seguem sem respostas.

 FIQUE POR DENTRO

No dia 3 de abril o jornal Diário de Pernambuco, de Recife, publicou matéria afirmando que uma briga de famílias é a principal hipótese investigada pelos delegados que apuram os 17 homicídios ocorridos nos três primeiros meses deste ano em Serra Talhada.

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Um ex-policial militar, de identidade preservada, está sendo investigado como suspeito por duas mortes no último dia 22 de março, quando foram baleados, perto de um bar no Centro, João Carlos Epaminondas, 44, e o primo dele, o policial militar Geovane Alves Pereira, 37, que era lotado no Rio Grande do Norte. Naquele mesmo fim de semana, outras três pessoas foram mortas em locais públicos e houve duas tentativas de assassinato.