Apesar do estímulo, o cansaço após um dia de trabalho e a distância até a escola costumam serem usados como desculpas por aqueles que preferem ficar na ignorância. “Aqui não tem nenhum núcleo de alfabetização e o mais próximo fica na escola Methódio Godoy, na Cohab.
A maioria das pessoas do bairro trabalham na cerâmica e chegam cansadas. Muitos alegam não ter condições de caminhar até a escola”, disse Regina Gualberto, presidente da Associação dos Moradores do Mutirão. Ela disse que já cobrou da prefeitura a instalação de um núcleo no bairro. “Poderia funcionar aqui no prédio do Sopão”, sugeriu Regina.
Segundo números do IBGE, ainda existem 12.653 analfabetos na Capital do Xaxado. Entretanto, de acordo com Rejane Eliodoro, coordenadora do programa Paulo Freire em Serra Talhada, 2.632 estão matriculados e assistem aulas três vezes por semana sendo duas horas de aula por dia. “Os alunos são muito interessados e no final do ano divulgamos um balanço do aprendizado”, declarou. Já a prefeitura conseguiu matricular apenas 482 alunos em 2013.
5 comentários em Série Analfabetismo: Governo paga, mas distância da escola prejudica aprendizado