Fotos: Farol de Notícias / Celso García

Publicado às 05h25 desta terça-feira (5)

Há cerca de dois meses um serra-talhadense rumou para o Mato Grosso do Sul para trabalhar como motorista de veículos de carga em uma grande empresa. Em um fim dia de passeio com os colegas de trabalho, um grave acidente mudou sua vida. Num momento de lazer e diversão o motorista José Ribamar de Melo Lima, 36 anos, natural de Paulo Afonso-BA, mas radicado em Serra Talhada, sofreu um acidente em um rio.

Ele quebrou o pescoço e voltou para casa na capital do xaxado com o laudo médico indicando que não voltaria mais a andar. Mas sua tranquilidade, fé e determinação estão surpreendendo até mesmo seus fisioterapeutas. A reportagem do Farol visitou a casa de José Ribamar e pode ouvir um pouco de sua história de vida. Segundo ele, o acidente ocorreu no dia 29 de maio, um domingo, em uma cidade a 100 km de Campo Grande, para onde foi socorrido com urgência após bater a cabeça e fraturar o pescoço durante um mergulho.

“Eu estava há quatro meses na empresa e num fim de semana os colegas chamaram para a gente ir para um riacho, levamos um litro de Campari, começamos a assar unas carnes e ficamos tomando banho. Eu fui criado na beira de riacho, mas no segundo mergulho que eu fui dar, só para molhar a cabeça foi como se meu corpo tivesse virado e alguém me empurrado, mas ninguém me empurrou e eu nem tinha bebido demais. Bati a cabeça e cai lá, fiquei no rio boiando e imaginando que ia morrer afogado porque não estava sentindo meu corpo, não conseguia mais me mexer”, relembrou Ribamar os detalhes do dia.

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No dia seguinte, ele entrou em cirurgia com a equipe médica tentando lhe deixar claro que a partir de então só teria os movimentos da cabeça, recebeu três pinos no pescoço fraturado e a certeza que voltaria para casa sem a menor chance de voltar a andar.

“Em nenhum momento eu me abalei, a equipe do hospital e o próprio médico tendo todo cuidado para me dar a notícia, mas com arrodeios, e eu entendendo tudo. Mas fiquei tranquilo, mantive a calma e assim que cheguei aqui em Serra Talhada o dinheiro que recebi da firma pelo atestado médico de 15 dias que recebi investi tudo na fisioterapia. No próprio hospital o médico se espantou porque mesmo depois de quebrar o pescoço e todos os exames do laudo dizerem que eu ficaria tetraplégico, eu mexi o dedão do pé. E hoje com fisioterapia quase que diariamente já mexo um pouco os braços, o dedo e o pé”, comemorou José Ribamar.

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CAMPANHA SOLIDÁRIA

Ribamar é separado, tem quatro filhos, e hoje mora com a mãe, Maria de Souza Melo Lima, aposentada, de 73 nos, moradora do bairro Universitário, suas mãos e pés nessa recuperação, solicita a colaboração da sociedade serra-talhadense. Toda a sua história de superação e fé vem acompanhada de um pedido de ajuda para que seus esforços para voltar a andar não sejam em vão.

Ele utiliza uma cadeira de rodas para minimamente ser locomovido pelos familiares, necessita de fraldas, itens de higiene pessoal e um apoio para manter as sessões de fisioterapia que o tem ajudado a recobrar, aos poucos, os sentidos e movimentos do corpo.

“Meu maior sonho é voltar a andar, tanto que o médico me passou três sessões por semana e eu estou fazendo até mais. Acompanhado por dois fisioterapeutas, que tem ajudado muito, mas as sessões são caras e para manter tudo isso tem um custo. Eu consegui agendar uma perícia para tentar receber algum benefício pelo INSS, mas apenas para outubro e numa cidade próxima à Alagoas. O INSS também me deu a possibilidade de transferir para Recife, mas precisariam de um laudo médico permitindo eu viajar. E ainda assim terei que arcar com os custos da viagem de ambulância”, descreveu a situação.

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SAIBA COMO AJUDAR

Os interessados a colaborar com a história de recuperação e superação de José Ribamar de Melo Lima, 36 anos, motorista, podem entrar em contato pelo telefone (87) 98132-0681.Sua chave pix é seu número de contato para quem tiver interesse em destinar doações ao serra-talhadense.