Publicado às 15h13 desta terça-feira (18)

Imagens cedidas ao Farol de Notícias / Portal Baixa Verde Notícias

Serra Talhada comemora uma bela história de superação contra o novo coronavírus nesse fim de semana. Como personagem principal, um dos mais conhecidos vendedores ambulantes da feira do rolo, Edivaldo Rufino da Silva, de 49 anos, o famoso Nego Preto.

Catorze dias sem se alimentar, sete dias de internamento, 10 kg a menos na balança, fraqueza extrema e pouca esperança dada pelos primeiros médicos que o atenderam, Edinaldo Rufino renasceu.

A reportagem do Farol de Notícias entrevistou o animado feirante, que agradeceu a força e intervenção divina, que para ele foi o essencial para sua recuperação. Alegre e mostrando o fôlego e disposição recuperados, Nego Preto, comentou que para ele uma de seus maiores medos era nunca mais ver seus filhos, Everton e Emerson, de 21 e 17 anos.

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“Fiquei com 70% do pulmão comprometido, foram 3 dias na UTI e 4 na Enfermaria. Passei primeiro 12 dias sem comer e sem dizer nada com medo. Segunda-feira passada (10), Vandinho da Saúde foi quem ajudou a me socorrer, às 10h da manhã, eu fui levado para o Hospam, não passei nem meia hora e minha família me levou para o Santa Marta. De tardezinha fui levado para o Hospital Eduardo Campos, foi quando Deus olhou por mim e me deu uma nova vida, eu tenho muito que agradecer todos os dias. Eu estava consciente, cheio de aparelhos para monitorar, mas não fui para o respirador. Estava em uma gaiola de vidro”, relatou o comerciante, continuando:

“Na terça-feira vi uma vizinha minha de leito morrendo, vi tudo. Os médicos e enfermeiros falando da parada, colocaram umas placas e vários médicos e enfermeiros foram para lá. Quando foi umas 6h da manhã vi o pessoal tirando ela em um saco preto. Só pensei em sair de lá assim também, mas graças a Deus, ele me deu outra vida. O hospital também é uma coisa de 1º mundo, o carinho e profissionalismo dos médicos e enfermeiros é coisa de outro mundo, foram escolhidos a dedo”.

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FESTA

Ednaldo Rufino recebeu alta nesse domingo (16), por volta das 19h, e foi recebido em casa por seus familiares com muita festa, fogos de artifício e muita gratidão pela cura (Assista ao vídeo abaixo). Ainda de acordo com ele, ainda terá mais sete dias de tratamento em casa, com dieta balanceada para manter a imunidade, as taxas de diabetes e pressão alta que também apresenta. Ele também planeja o retorno ao trabalho, após o período de recuperação, e contou histórias divertidas sobre seu internamento.

“Tenho mais sete dias de tratamento, mas se Deus quiser volto logo ao trabalho na lanchonete da Rodoviária, desde a época que a feira fechou e ficamos em isolamento, minha família e eu passamos a administrar lá. O que mais me impressionou lá foi o atendimento, todo mundo muito carinhoso e eu sempre conversava muito com eles. Depois que saí da UTI brincava muito com eles e pegava a comida dos outros pacientes que não queriam comer, comia as bolachas integrais, os copos de suco. Fui me recuperando e me dando uma fome danada”, finalizou.

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