Publicado às 14h08 desta quarta-feira (17)

O Governo Federal iniciou o pagamento do Auxílio Brasil, programa para que substitui o Bolsa Família, criado em 2003 no governo Lula, nessa quarta-feira (17). O início do pagamento gerou tumulto em algumas agências da Caixa Econômica Federal em Recife, no entanto, em Serra Talhada não foi notificada filas longas.

Diante desse início de cumprimento do calendário do programa, a reportagem do Farol foi às ruas de Serra Talhada ouvir a população sobre as expectativas com o Auxílio Brasil, que gera incerteza em muitos brasileiros já que, a princípio, anunciaram um valor de R$ 189, depois subiram para R$ 300, em outubro anunciaram que seria R$ 400 e posteriormente reduziram para R$ 224 por família.

O Farol conversou com 4 pessoas, todas se mostraram insatisfeitas com as mudanças e acreditam que o novo auxílio não vai ajudar o pobre nem aplacar a fome que assola milhares de brasileiros. Confira o depoimento de  Antônio Magalhães, 65 anos, natural de Triunfo;  Edjane Santos, 30 anos, moradora de Roças Velha, distrito de Calumbi; Osvaldo Magalhães de Lima, 61 anos, morador do bairro São Cristóvão e Luiz Inácio, 64 anos, morador do bairro São Cristóvão.

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”Com os salários que os políticos recebem, jamais vão se preocupar com a situação de quem precisa. Nós que colocamos os administradores brasileiros lá, com tanta fé, com tanto carinho e eles dão essas respostas para a gente. Eles fazem muito pela gente, e uma das muitas coisas que fazem é isso aí. Tirar o pouco benefício que o pobre tem. Esse auxílio não vai ajudar o pobre, não tem como ajudar” disse Antônio Magalhães.

 

Edjane Santos afirmou que está muito difícil para o pobre e pode ficar ainda pior: ”Eles querem reduzir para menos, acho que não vai ajudar muito o pobre. Eu recebia o Bolsa Família, ainda não recebi o Auxílio Brasil esse mês. Lá em Roças Velhas, as pessoas estão pensando igual a mim. Minha irmã tirava R$ 700 e poucos reais porque ela tem bastante filho e agora vai reduzir e ficar mais difícil ainda, principalmente para quem tem muitos filhos como ela, com tudo caro, bujão, tudo.”

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”Essa mudança não dar certo não. Meu menino recebia R$ 400 e agora vai diminuir e vai piorar para eles. De R$ 400 botar para R$ 250 vai piorar. Quatro pessoas, morando de aluguel, com bujão desse preço, com dois meninos pequenos é para piorar mesmo”, disse Osvaldo Magalhães de Lima indignado.

 

 

 

Luiz Inácio concluiu a reportagem pontuando a situação da vulnerabilidade da fome dizendo: ”O brasileiro mais pobre está morrendo de fome. Desse jeito esse auxílio não vai melhor em nada, vai melhorar como se o povo está morrendo de fome? Eu sou um dos que é cadastrado no Bolsa Família, recebo R$ 250 reais para 3 pessoas e veio essa proposta que ia ser R$ 400 reais a partir de novembro e cadê? Já começaram a pagar e não tem essa história de R$ 400 reais. Infelizmente, o pobre está morrendo de fome e a única solução é a gente tirar esse presidente.”

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