Publicado às 10h15 deste sábado (30)

Fotos: Farol de Notícias/Celso Garcia

Muitos serra-talhadenses e cidadãos da região estão contando os dias para os festejos dos 171 anos de Serra Talhada, principalmente para a noite do dia 5, que terá João Gomes como atração principal, mas também pode haver pessoas que não estejam com tantas expectativas, uma vez que ainda estão receosas em função da pandemia ou por questões econômicas. Os comerciantes de Serra Talhada também estão animados esperando aumento de vendas durante a temporada.

Pensando nisso, a reportagem do Farol foi às ruas da Capital do Xaxado, nesta sexta-feira (29), para ouvir a população sobre a festa, pensando tanto no contexto pandêmico quanto econômico. Sete pessoas  conversaram com o Farol, quatro acreditando que o momento não é ideal para festejos desse porte no município e 3 acreditam que seja, inclusive, que pensa ser um investimento na saúde emocional dos serra-talhadenses. Leia os depoimentos abaixo.

Jaqueline Aparecida da Silva Santos, 39 anos, gerente comercial, moradora do Centro

Veja também:   Colisão com viatura policial deixa jovem ferido em ST

”Estou aqui na cidade há apenas 5 meses ainda estou entendendo como funcionam os eventos, as festividades na cidade. Acredito que tenha um gasto maior com relação à saúde e agora tem dengue, mas no meu ponto de vista essas coisas sempre vão ter e a vida tem que continuar. Acredito que, inclusive para a saúde emocional, que é algo que vem afetando muito, as festividades estão vindo num momento bacana porque as pessoas estavam enclausuras, com medo, estressadas e festa traz essa saúde e para a alma da gente. É um bom investimento porque está investindo na saúde emocional.”

 

Maria de Lurdes da Silva, 60 anos, dona de casa, moradora do Bom Jesus

”Ainda não é hora, a pandemia não terminou porque ainda está tendo casos e depois dessas festas de Carnaval, acho que vai dar muito e com essas outras também.”

 

 

 

Veja também:   Grande empresa de ST é alvo de investigação do MPPE

Maria Cleide Caboclo da Silva, 47 anos, dona de casa, moradora do bairro Nossa Senhora da Conceição

”Essa pandemia não acabou, então não é um bom momento por causa da pandemia. São muitos gastos que poderiam ser investidos mais na saúde. Acredito nisso e não vamos para a festa.”

 

Tiago Alves, 28 anos, empreendedor, morador da Caxixola

”Se quem é da saúde determinou que já pode ter festa, então que tenha, muita gente já se vacinou. Se as pessoas já têm um nível de segurança sanitária, de saúde, que tenha. Movimento um pouco a cidade, é até bom para mim porque quanto mais movimento na cidade melhor para minhas vendas.”

 

 

Maria Aparecida Nascimento, 36 anos, panfletista, moradora do bairro Vila Bela

”Não é o momento de fazer festa assim grande, apesar que nas outras cidades estão fazendo, mas não vai pelas outras, vai pela nossa e a cidade precisa de outras coisas. Poderiam investir em melhorias para a cidade, principalmente no bairro que eu morro, o Vila Bela. O bairro está entregue as baratas, está abandonado, mas a gente vai para festa se tiver saúde no dia. Já que tem vamos curtir, até porque foram mais de 2 anos sem festa.”

Veja também:   Corrida para aliança de Márcia e 'Sebá' avança com leque de nomes

 

Alyson Gaia, 21 anos, morador do Vila Bela e Jucicleide de Oliveira, 19 anos, moradora do Bom Jesus

”Ainda não é o momento, com tanta gente assim, não é o momento ainda, pensando na pandemia”, disse Jucicleide. Por outro lado, o comércio está ruim, poderia aumentar o movimento, em questão econômica teria uma melhoria, mas a questão de saúde é o que pesa mais. Não vamos para festa, não gostamos”, concluiu Alyson.