Fotos: Farol de Notícias/Max Rodrigues

Publicado às 04h36 desta sexta-feira (27)

Com informações do repórter Clayson Cabral, especial para o Farol

O dia 26 de março vai ficar marcado na memória de vários serra-talhadenses em função da cheia do Rio Pajeú, que inundou o Centro da cidade e áreas ao redor do rio.

Em especial, para cerca de 30 serra-talhadenses que estão abrigados na Escola Manoel Pereira Neto, no bairro Malhada, e que perderam tudo com a força das águas que destruiu bens e sonhos, muitos deles, construídos com muito sacrifício.

A reportagem do Farol foi até a escola e conheceu alguns personagens deste drama real. A prefeitura abrigou os desalojados, que viveram horas de pesadelo desde que o nível do rio começou a subir. A maioria teve grandes prejuízos perdendo tudo que tinham dentro de casa.

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“Só deu tempo de salvar minha geladeira, meu fogão e o bujão, mas meu microondas e o resto das minhas coisas perdi foi tudo. Eu já estava sem dinheiro, não estava entrando tivemos que fechar por conta do vírus não sei como vou fazer”, desabafou Dona Adeilda da Silva, 47 anos, que teve seu pequeno comércio destruído no Pátio da Feira.

No bairro da Malhada, a enchente causou problemas a várias famílias que ficaram desamparadas e que receberam alojamento e refeições na escola, mas que acabaram ficando sem nada. Perderam móveis e eletrodomésticos, restando apenas a roupa do corpo e alguns documentos.

“Eu só consegui salvar o colchão e geladeira nem as roupas consegui tirar, apenas três vestidos. Perdi fogão, bujão, freezer se queimou com a água, a estante, sofá e a cama” concluiu dona Maria Elineide, 51 anos.

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Alexandre Filho da Silva, 43 anos, também contabiliza perdas de toda uma vida de trabalho. “Está tudo perdido. O ‘sucatão’ onde eu trabalho e dentro da minha casa com as coisas tudo lá dentro, perdi tudo por causa da água”, lamentou.