Publicado às 05h06 deste sábado (27)

Por servidora efetiva da Autarquia Educacional de Serra Talhada (Aeset)

Faço parte do quadro docente que ingressou na Aeset por meio do concurso público realizado no ano de 2014, portanto, faço parte do grupo de efetivos do município.

Desde o início dessa trajetória, em 2015, eu e meus colegas temos sofrido diversas desvalorizações, devido, entre outras coisas, à ausência da prefeitura quanto à gestão dessa instituição.

Temos um salário muito baixo para a classe do professor de curso superior, estamos há mais ou menos 5 (cinco) anos sem aumento; alguns anos atrás (3 ou 4 anos mais ou menos) tínhamos 10% de gratificação em cima do nosso salário, mas que foi retirado e sem aviso prévio. Não temos nenhum incentivo à formação, nem plano de cargos e carreiras até hoje.

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Há mais de 1 (um) ano também não temos data certa para receber o nosso salário. Hoje já é dia 26 de junho e temos uma vaga promessa da direção de que nos pagará o mês de maio segunda-feira, se os alunos pagarem as mensalidades. O atraso no pagamento do nosso salário é hoje comum na instituição.

Em época de vestibular, somos cobrados para correr atrás de alunos para a instituição e responsabilizados pela baixa procura pelos cursos. Algumas vezes somos até aconselhados a incentivar o pagamento das mensalidades por parte dos alunos.

Sei que por sermos vinculados ao município, nosso salário não deve ficar subordinado às mensalidades que os alunos pagam, tampouco devemos ser submetidos a isso de não ter data certa para receber. Além de um salário baixo, não temos regularidade no recebimento do mesmo.

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Procurei o Farol para que a prefeitura olhe pela instituição, pois, é de sua obrigação e nosso direito. Antes tentei contato com a assessoria de comunicação da prefeitura, porém, em mais de uma semana, não tive resposta.

A atual direção da Aeset age apenas quando pressionada e até hoje não procurou soluções, apenas remediações. Sabe de todos os problemas do quadro, mas sempre afirma que o problema é a falta de pagamento das mensalidades ou os professores que não se mobilizam para mudar estatuto, abrir novos cursos ou outras coisas.