Publicado às 21h28 desta quarta (30)

Com informações da repórter Manu Silva (Do Farol)

Após Assembleia Geral do Sintest (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Serra Talhada) realizada na manhã desta quarta-feira (30), ficou decidido que a categoria vai deflagrar estado de greve a partir da próxima segunda-feira (4). Em conversa com o Farol, o presidente do Sintest, Júnior Moraes, detalhou que o governo Márcia Conrado não atendeu às expectativas dos profissionais quanto ao reajuste do piso dos professores, em 33,24%, extensivo não somente ao magistério, mas a todo o patamar da educação municipal.

Em nota enviada à imprensa, o governo Márcia disse que se reuniu com a categoria e expôs dificuldades de aplicação do piso, tanto de ordem financeira quanto em relação ao cumprimento do equilíbrio fiscal [leia a justificativa aqui]. Diante disso, Junior Moraes revelou que a estratégia do Sintest agora é manter-se alerta, para que a Câmara Municipal não aprove projeto a toque de caixa caso seja enviado pelo governo sem que o Sintest seja chamado para negociar um novo acordo.

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Júnior Moraes adiantou que na proposta apresentada pelo governo Márcia, só apresentaram reajustes aos professores e mesmo assim com percentuais de aumento variando de 10,16% a 33,24%. “O Sintest aprovou a proposta inicial para todo o mundo a pedido inicial em assembleia lá em dezembro de 2021, que seria um reajuste igualitário para todos os servidores da educação em cima dos 33,24%. Agora, três meses depois, a gestão [Márcia] encaminhou outra proposta, rejeitando por completo essa proposta inicial”, disse Júnior Moraes, detalhando:

“Na assembleia de hoje ficou decidido o seguinte: vamos trabalhar normal até sexta (1º) e já na segunda-feira (4) a gente não trabalha, será o primeiro dia de cruzar os braços. É um estado de greve já na próxima segunda. A gente paralisa na segunda com perspectiva de ir à Câmara Municipal na terça-feira (5) se o projeto com a proposta do governo [que não atende as expectativas da categoria] for levado à Câmara de Vereadores. Caso não seja levado, a gente trabalha normal na terça-feira, e paralisa as atividades na quarta-feira (6), depois trabalha na quinta (7) e paralisa na sexta-feira (8), caso haja uma outra contraproposta da gestão [Márcia Conrado]”.

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O QUE FICOU DECIDIDO NA ASSEMBLEIA?

Rejeitadas as propostas da gestão, na qual elas só apresentam reajustes aos professores e variam de 10,16 a 33,24%.

Foram aprovadas hoje:

– Reajuste na carreira de 33,24% aos professores;
– Reajuste de 33,24% na gratificação (base de cálculo) das escolas em regime integral;
– 20% para os outros servidores da educação (Administrativo, Auxiliar de serviços gerais, Merendeiras, Auxiliares de Creches, Motoristas);

*Todos os reajustes seguem o que diz a lei da paridade aos aposentados e pensionistas.