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Fotos: Farol de Notícias / Alejandro García

A Cadeia Pública de Serra Talhada encontra-se com infraestrutura precária ao ponto de correr risco de incêndios a qualquer momento. O alerta é do padre Antônio Gonçalves de Anchieta, responsável pela pastoral carcerária, que realiza atividades periódicas com os detentos. Na tarde dessa quinta-feira (29), o FAROL acompanhou a equipe da pastoral em uma das visitas e registrou a situação das instalações. De acordo com o religioso, os principais problemas estão nas instalações elétricas, hidráulicas e equipamentos de segurança.

“A pastoral carcerária visita os detentos, traz uma referência e a palavra de Deus às pessoas. Há muito tempo que as entidades não levam em conta a precariedade da Cadeia Pública de Serra Talhada. A hidráulica, a elétrica e extintor de incêndio não existe. Entramos em contato com a Secretaria Executiva de Ressocialização e responderam dizendo que iam tentar fazer uma vistoria. Tem ao todo mais de 60 detentos e eles reclamam, porque lavam roupa aí e pode incendiar. A parte hidráulica, a parte elétrica e extintor de incêndio são as coisas mais urgentes”, relatou o padre.

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A reportagem do FAROL teve acesso às dependências da cadeia e pôde registrar o cenário de abandono em que se encontra o equipamento estatal. Paredes deterioradas, portões e grades enferrujados, ausência de lâmpadas, fiação, caixas de energia e canos de esgoto expostos. Enquanto a pastoral rezava percorrendo as celas, a caixa d’água da cadeia, vazando, desperdiçava água no meio do pátio.

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O belo trabalho da pastoral carcerária busca através da oração e do contato com a palavra de Deus, ajudar a ressocializar os detentos. “De 15 em 15 dias a pastoral carcerária vem aqui visitar eles, reza um pai nosso e três aves marias. Pede o endereço da família para contato, telefone de advogados. Eles nos recepcionam muito bem, o tratamento a partir da própria polícia. Todos participam direitinho, ganhamos também três bíblias e entregamos uma ao soldado e as outras deixamos para os detentos”, detalhou Pe. Anchieta.

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A precariedade estrutural da Cadeia Pública de Serra Talhada já foi machete do FAROL por diversas vezes. Em dezembro de 2014, o Ministério Público de Pernambuco também denunciou as condições insalubres, ameaçando interditar a cadeia. Em janeiro de 2013, após pressão do MPPE, foi aberto processo de licitação para reforma do equipamento, avaliada em mais de R$ 249 mil. Sem mais mobilizações, em agosto do mesmo ano, a vereadora Vera Gama (PHS) também alertou sobre as condições desumanas dentro das celas e pediu celeridade para o caso.

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