Mulheres da Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais de Pernambuco (Amotrans-PE) denunciam que funcionários do metrô do Recife têm impedido que elas utilizem o vagão rosa – exclusivo para o gênero feminino e implantando no último mês de janeiro.

Elas contam que na última sexta-feira (27) uma travesti chamada Keila Souza foi convidada por um dos guardas a se retirar do espaço sob a justificativa de que aquele equipamento “não era para ela”. A atitude foi considerada uma ofensa que gerou um protesto na Estação Central do Recife, realizado nessa segunda (30). Na ocasião, inclusive, as manifestantes filmaram um funcionário pedindo documentos que comprovassem que elas eram mulheres.

“O vagão rosa está em período experimental e funciona exclusivamente para mulheres apenas nos horários do pico da manhã e da noite”

“Quando o vagão rosa foi lançado levantei a pergunta no meu Facebook se este serviço garantia a segurança das mulheres e problematizei se mulheres trans e travestis poderiam ter acesso. Uma pessoa respondeu que um representante do metrô garantiu que nós poderíamos usar o vagão normalmente, mas não é o que acontece na prática”, comentou Fabiana Oliveira, integrante do Amotrans-PE.

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Foi através de Fabiana que a travesti Keila Souza se queixou do constrangimento passado ao ser retirada do vagão rosa. “Ela veio conversar comigo sobre o caso e começou a se julgar por estar de short e blusa curta. Eu disse que eu poderia estar nua que tinha que ser respeitada”. Fabiana pediu que a amiga gravasse um vídeo contando o ocorrido para ser postado em sua página pessoal no Facebook.

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