Publicado às 11h53 deste domingo (5)

Por Giovanni Sá, editor-geral do Farol

A medida que se aproxima o dia 7 de Setembro, quando comemoramos a Independência do Brasil, fico mais preocupado com a possibilidade de algo considerado anormal venha ocorrer. Já estamos fora do normal, devido a pandemia que ceifou a vida de mais de 580 mil brasileiros e brasileiras, com o inimigo invisível e real do novo coronavírus.

Agora, com as sementes plantadas pelo presidente Jair Bolsonaro, de que é preciso afrontar o que não se enquadra no seu discurso fake news, já se forma uma teoria de que o ‘capiroto da direita’ vai tentar, no dia 7 de setembro, criar um fato trágico para posar de vítima, e tentar mudar o rumo das pesquisas que revelam uma derrota humilhante do bolsonarismo ainda no primeiro turno.

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Hoje recebi um vídeo que circula nas redes sociais, em que o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, alerta para os que desejam sair às ruas, no feriado, que o faça com cuidado. De acordo com Gomes, como a base de Bolsonaro é formada por parte da banda podre das polícias, pode ser que ‘um cadáver de um idoso ou de uma criança venha a tona’, para o ‘belzebu’ culpar o campo da esquerda. Será? Ora, todo cuidado é pouco.

A base bolsonarista é formada por blogueiros golpistas, evangélicos com ranço e ódio no coração, grandes pecuaristas, militares saudosistas dos tempos de tortura e por aí vai. O presidente já revelou que o 7 de Setembro será um ultimato, insuflando a teoria de golpe que sustenta a sua base. Noves fora nada, ainda aposta no fim das relações saudáveis promovendo uma ‘guerra entre irmãos’, dividindo o País entre ‘fuzis e feijões’. Aliás, segundo Bolsonaro, lutar por feijão é coisa de idiota.

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Aqui em Serra Talhada não é diferente do resto do Brasil. Entrevistamos o radialista Marquinhos Dantas, que é bolsonarista, que disse temer agressões violentas na capital do xaxado no processo eleitoral do ano que vem. Ele citou casos de divisão na própria família. O negócio é que foi criada uma dicotomia, que os bolsonaristas não têm de coragem de debater, porque mostra o ‘sepulcro caiado’ montado pelo féretro Bolsonaro. De um lado, fuzis contra a inflação dos gêneros alimentícios. Se a ‘nossa bandeira não é vermelha’- e claro que não é’- como explicar a ‘bandeira vermelha’ na conta de energia elétrica que já mergulhou este país num caos energético, sobrando para nós, simples mortais.?

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Isso sem falar nos ataques à Constituição Federal para justificar a criação dos ‘inimigos da pátria’. Toda e qualquer pessoa que não leia na cartilha do ódio, da indiferença, do preconceito, tudo e muito mais, é alvo de perseguição e ódio até o fim do governo, para não lembrar os quase 15 milhões de desempregados, os desalentados, a crise hídrica, educação na estaca zero, ausência de projeto cultural, e por ai vai. No dia 7, que Deus tenha piedade de nós!