Três dias após a onda de homicídios em Serra Talhada, que culminou com cinco assassinatos em apenas um dia, a cúpula da segurança do Governo do Estado esteve na Capital do Xaxado para anunciar medidas de combate a criminalidade.

Durante entrevista coletiva, nesta terça-feira (25), o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, reconheceu que o momento é crítico, mas fez questão de evidenciar os avanços do programa Pacto pela Vida. De acordo com Alessandro Carvalho, em 2013, apenas 18 homicídios foram registrados em Serra Talhada contra os 17 destes primeiros três meses de 2014.

“São números duros, estamos reconhecendo isto. O primeiro passo é reconhecer e estamos fazendo isto. Mas vamos reverter esta situação. Após estes cinco assassinatos acendeu a luz vermelha para Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS). Então, no último sábado (22) o governador nos pediu para vir até Serra Talhada e prestar contas do que está sendo feito”, disse Carvalho.

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reunião 1Já o comandante geral da Polícia Militar (PMPE), Roberto Pereira, afirmou que desde o último sábado as ações de policiamento ostensivo com homens do Grupo de Operações Táticas (Gati) e da Companhia de Independente de Operações e Sobrevivência na Área de Caatinga (Ciosac) já estão acontecendo.

“Vamos ampliar o policiamento ostensivo através de blitz e bloqueios por tempo indeterminado”, garantiu Pereira. Entretanto, o secretário Alessandro Carvalho não deu garantias que poderá haver um aumento do efetivo em Serra Talhada.

“A contratação tem que acontecer de acordo com a disponibilidade de caixa do governo. De 2007 para cá, nunca foi feito tantas contratações por área de atuação. Foram mais de 8 mil policiais militares contratados e mais de 3 mil policiais civis”, declarou o secretário de Desenvolvimento Social.

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AÇÃO INTEGRADA COM A PREFEITURA

Ainda durante a entrevista coletiva, Alessandro Carvalho deixou claro que nas cidades em que a prefeitura trabalhou em sintonia com o governo do Estado os índices de violência caíram. Ele propôs uma parceria com o prefeito Luciano Duque.

“Por exemplo, observamos que boa parte dos crimes ocorreram em bares ou nas suas proximidades. A prefeitura pode fiscalizar a concessão dos alvarás e melhorar a iluminação pública”, disse Carvalho, afirmando que a ação de um toque de recolher nos bares é uma medida discutível do ponto de vista legal.