O prefeito Luciano Duque (PT) provou que não está preocupado com as recentes perdas nos quadros do governo. Durante entrevista a rádio A Voz do Sertão AM, ele fez pouco ao comentar o pedido de exoneração do secretário executivo de Meio Ambiente, Bonzinho Magalhães, encarando a máquina pública como uma empresa privada e comparando o funcionalismo a peças descartáveis dentro de uma engrenagem.

Duque fez questão de destacar a lógica de que, se alguma peça der defeito ou pular fora da engrenagem, é só substituí-la sem prejuízo algum para o andamento do trabalho.

Nos últimos meses, zarparam da caravela governamental cinco secretários: Saulo Duarte (Planejamento e Gestão), Israel Silveira (Educação), Saúde (Socorro Brito), Tarciso Agostinho (Desenvolvimento Econômico) e, da secretaria executiva do Meio Ambiente, Bonzinho Magalhães.

“Quando o cidadão decide sair a gente respeita. Mas é como se fosse numa indústria. Se existe uma peça que sai e vai parar a indústria, é só substituir essa peça e continua funcionando. Essa preocupação de que fulano ou sicrano saiu e vai prejudicar o governo, isso não existe em lugar nenhum no mundo. Quando a pessoa cria incompatibilidade dentro da gestão a tendência é sair mesmo. E irá haver muitas substituições até o final do governo”, prevê o prefeito.

Para Luciano, a saída de Bonzinho Magalhães, como a de outros secretários em tão pouco tempo não abala “de forma alguma” a sua gestão e nem representa o início de crise. “Tudo continua sob controle. Essa crise fabricada não me preocupa. O trabalho continua independente das pessoas”, desdenhou.