O governador Eduardo Campos (PSB) foi até Floresta, no Sertão do São Francisco, para vistoriar as obras da adutora do Pajeú e apresentar o projeto da segunda etapa da obra, que após concluída, beneficiará cerca de 500 mil pessoas. Os recursos são de R$ 162 milhões oriundos do Programa de Aceleraçao do Cresciemento (PAC) e  está sob a responsabilidade do Departamento de Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs). 

O que pouca gente sabe, é que a adutora do Pajeú vem se arrastando desde 1999, ainda na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC). Em setembro de 1999, por exemplo, o governo anunciava a liberação de R$ 10 milhões para o ínicio da obra que fazia parte do Plano Plurianual de Ações (PAA). Na época, o então diretor-geral do Dnocs, Gaspar Uchoa, indicado pelo deputado Inocêncio Oliveira, fazia declarações eufóricas sobre o “início” do empreendimento.
 
“É uma vergonha chegarmos ao século 21 com pessoas morrendo de sede. Uma obra como essa é essencial para o desenvolvimento da região. A agricultura ganhará um novo impulso”, chegou a dizer Gaspar Uchoa, em 8 de setembro de 1999. Passados 13 anos, o Sertão do Pajeú convive com a  mais pervesa estiagem dos últimos 40 anos. As palavras foram levadas pelo vento. E, novamente, na cidade de Floresta, o governador deverá fazer mais anúncios de dias melhores, como fez Uchoa. Inclusive, foi anunciado que o primeiro trecho da adutora do Pajeú será inagurado em dezembro deste ano. Cerca de 197 quilômetros de tubulação de um total de 300 quilômetros previstos.
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