Fotos: Max Rodrigues/Farol de Notícias

Publicado às 13h desta quinta (4)

Na primeira semana de outubro a serra-talhadense Ana Maria Pereira, 40 anos, mãe de dois filhos e viúva, foi vítima de estelionatários. Em meio a uma situação inusitada, dia 11 do referido mês ela descobriu que havia sido retirado um montante de R$ 72.298 da sua poupança da Caixa Economia Federal CEF), banco que ela é cliente há 8 anos, num intervalo de tempo de apenas 5 dias.

Valor economizado durante anos, com a ajuda do pai e dos irmãos, se privando e afetando os filhos para conseguir construir uma casa e finalmente sair do aluguel.

Em entrevista ao Farol, nesta quinta-feira (4), Ana Maria relatou que só descobriu o golpe após receber uma mensagem no WhatsApp, dia 11 se passando pela Caixa, com DDD 74, da Bahia com todos os seus dados informando que suas transações deveriam ser feitas para outra conta e imediatamente procurou a agência.

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Poucos dias antes de receber a mensagem suspeita, ela esteve na Caixa para desbloquear o cartão da poupança, no entanto, após o atendimento recebeu o cartão de outro usuário, mas não percebeu. Entre as transações estão pagamento de boleto, saques e transferências de valores superiores aos mínimos sem assinatura nem autorização da titular.

”Fui até a Caixa desbloquear o cartão, subi para falar com o atendente, ele pegou meu CPF e o  cartão e perguntou se eu queria fazer bolsa de valores com meu dinheiro, eu disse que não. Perguntou o que eu ia fazer com esse dinheiro, eu disse que futuramente ia fazer uma casa para mim e meus filhos. Ele perguntou se eu tinha previsão de quando eu ia tirar esse dinheiro e disse que não, não sabia quando. Mandaram uma mensagem para meu celular dizendo que iam fazer uma transferência e o dinheiro que eu quisesse colocar era em uma nova conta com todos os meus dados. Eu achei muito estranho porque fazia poucos dias que eu tinha ido na Caixa Econômica, corri e fui até lá, na Praça Sérgio Magalhães, mas já tinham furtado esse valor”, lamentou Ana Maria.

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No mesmo dia que ela soube do golpe, solicitou os extratos da poupança na Caixa e registrou um boletim de ocorrência (BO) na delegacia de polícia local, voltou ao banco e foi informada que iam investigar o caso, no entanto, vai fazer 30 dias e ainda não teve resposta. No BO, consta algumas das informações dos extratos, entre elas, cita duas beneficiarias das transações que foram feitas na poupança de Ana Maria do estado da Bahia.

”Eles dizem que estão investigando, mas ninguém me dar uma resposta porque eu não assinei nenhum documento. Eles não liberaram para mim um de R$ 20 mil para comprar um terreno em 2013, eu tive que fazer um agendamento, falei com eles e disseram que tinha que agendar e eles não liberaram, eu tive que tirar de R$ 5 mil em  um dia R$ 5 mil lá dentro da caixa e ter minha assinatura, e esse outro dinheiro foi liberado tão fácil, R$ 72 mil dentro de 5 dias”, disse continuando:

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”Eu estava aguardando a resposta que eles iam me dar, mas não estou vendo nenhuma resposta da Caixa. Vou procurar um advogado para botar a caixa na justiça para resolver porque mesmo o cartão sendo trocado não tinha autorização. Era para eles terem comunicado comigo o que estava acontecendo. Como é que em 5 dias a Caixa libera um valor assim? A Caixa tem o nome e CPF das beneficiárias e não têm uma resposta.”

O OUTRO LADO

A reportagem do Farol entrou em contato com a agência da Caixa Econômica Federal de Serra Talhada e foi comunicado que o órgão já está investigando o caso.