Após bancar capacitações para os vereadores em pleno recesso e consumir quase R$ 5 mil em diárias durante uma semana em Brasília (DF), o FAROL localizou mais uma operação ‘excêntrica’ do presidente da Câmara, Nailson Gomes, do PTC.

De acordo com o Portal da Transferência da entidade, no dia 31 de março deste ano foi pago a importância de R$ 7.675,50 a empresa Alessandro de Siqueira Santos ME para efetuar serviços de dedetização, desratização e descupinização. Ou seja, um ataque total para deixar vereadores e servidores livres de pragas.

O curioso, segundo a reportagem do FAROL apurou, é que durante a gestão anterior, o mesmo serviço foi realizado por apenas R$ 1.500. Na prática, um aumento de mais de 500% num trabalho feito há dois anos.

“Francamente, o mesmo serviço que foi pago pela Câmara de Vereadores eu faço por R$ 2 mil. Nada mais além disso. O que se gasta ali é algo em torno de 60 litros do produto para deixar a área limpa de qualquer praga”, disse um dedetizador ouvido pelo FAROL que pediu para não ser identificado.

O OUTRO LADO

A reportagem conversou com o presidente Nailson Gomes que justificou a ação afirmando que tudo foi feito com transparência. Segundo ele, são situações diferentes e o trabalho realizado não foi exatamente igual a gestão do vereador Agenor de Melo Lima.

“Cabe-nos esclarecer que a discrepância nos valores do serviço de higienização ambiental realizado na gestão anterior citada e os realizados na nossa gestão decorre pura e simplesmente da quantidade de metros quadrados de área higienizada, bem como dos tipos de higienização realizadas. Na gestão passada utilizada como paradigma foi executado o serviço de higienização, apenas e tão somente, de dedetização na área interna do legislativo. Ou seja, apenas um tipo de higienização em apenas em parte do prédio público”, disse Gomes, em um dos trechos da nota enviada ao FAROL.

Segundo a nota, os serviços feitos em março deste ano foram de dedetização, desratização e descupinazação na área interna e externa da Câmara de Vereadores e houve economia do dinheiro público.

“Foi pago R$ 3,20 por metro quadrado, quando o valor de mercado é de R$ 7, 28. Uma relevante economia para os cofres públicos”, disse Nailson, em nota.