O clima é de total frustação entre os três mil prefeitos que participam da 15ª Marcha dos Prefeitos em Brasília (DF) que teve ínicio nesta terça-feira (15) e vai até a próxima quinta-feira (17).

O motivo foi que, durante a abertura do encontro, a presidenta Dilma Roussef fez um breve pronunciamento e sequer tocou no probelma da estiagem que atinge todos os estados nordestinos. Segundo o prefeito Carlos Evandro, que esteve no ato, diante da displicência de Dilma, os gestores até ensaiaram uma vaia em forma de protesto.

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“Têm muitos prefeitos do Nordeste aqui e a Presidenta Dilma, num determinado momento, chegou a ser grossa com a gente”, explanou Carlão, por telfone.”Ela (Dilma) falou o que quis mas não comentou nada sobre medidas de combate à seca. A estiagem não está na pauta da presidenta”, lamentou o prefeito, dizendo não ter apoiado a iniciativa da vaia. “Sou democrata e não gosto deste expediente”, reforçou.

Indignado, o prefeito de Serra Talhada disse que vai arregimentar os prefeitos da região para ter uma audiência direta com o ministro Fernando Bezerra Coelho, da Integração Nacional. Ele explica que quer respostas para o crédito agrícola, operação carros-pipas e perfuração de poços. “Acho uma falta de respeito ao Nordeste este tema (seca) não está na pauta da presidenta. Por isso, vamos conversar com o ministro Fernando Bezerra, que é nordestino”, reforçou Carlão.

Críticas

O prefeito Carlos Evandro aproveitou para  alfinetar o recém criado programa de creches do Governo Federal, que foi lançado com estardalhaço pelo governo do PT. “Criam-se as creches, que é muito bom e positivo, mas não mandam subsídios para que os municípios possam manter estas creches. Implantam-se os pisos salariais mas não mandam recursos suficientes para garantir o pagamento dos mesmos. Assim é complicado”, finalizou o prefeito, garantindo que ficará até quinta-feira buscando alternativas para  Serra Talhada em Brasília.