O anúncio do deputado Augusto César (PTB) oficializando a pré-candidatura do médico Fonseca Carvalho para a disputa em outubro caiu como uma “ducha fria” em cima dos dirigentes do Partido da República (PR) e do Partido dos Trabalhadores (PT).

Quem mais sentiu o impacto da notícia de Augusto foi o PR, de Inocêncio e Sebastião Oliveira, uma vez que vários dirigentes da legenda republicana já davam como certa a aliança, confiando no poder de pressão do governador Eduardo Campos. Prevaleceu, todavia, a estratégia do senador Armando Monteiro Neto que colocou a Capital do Xaxado como cidade prioritária dentro do mapa petebista.

Já o PT não escondia que tinha esperanças no casamento com o PTB, como parte de isolar o PSB em cidades importantes do Estado. Inclusive, na semana passada, aconteceu um diálogo demorado entre o deputado Augusto César e o vice-prefeito Luciano Duque. A conversa acabou deixando alguns republicanos “nas cordas”. O alívio, para eles, é que, com o anúncio em favor de Fonseca, nada frutificou após o bate-papo.

Nanicos

A partir desse novo quadro oficial, quem começa a ganhar força são os chamados partidos “nanicos”. Destaque para o radialista Marquinhos Dantas (PP), que praticamente está sendo elevado a uma espécie de “trono” ou panteão político, até pelo próprio Augusto César, o que pode indicar uma possível formação de chapa única com Fonseca e Marquinhos, juntos, na disputa. 

“Marquinhos tem todos os pré-requesitos para estar numa chapa majoritária”, analiosu o deputado. Nesta etapa, Augusto deve aumentar as suas articulações de campanha, pois precisa de “cauda eleitoral” para garantir a vitória do chamado “quarteto de ouro” do PTB:  Zé Raimundo, Agenor de Melo, Antonio de Antenor e Francisco Pinheiro.

Além de Marquinhos, outro alvo que pode decidir o jogo é o Movimento Cidadania Consciente (MCC), que já descartou aliança com o PR e “namora” o PT e o PTB. O MCC – formado por PSOL, PV, PMN, PC do B, PSDC e PPS – pode fazer uma grande diferença na hora das urnas.

Autofagia no PR 

Por fim, a briga interna em torno da vice de Sebastião Oliveira começa a dar sinais de autofagia. PSD e PSB se digladiam, em função das poucas possibilidades do ex-prefeito Geni Pereira se tornar competitivo, em virtude de vários problemas com a Justiça Eleitoral e após a derrota sofrida na Câmara de Vereadores de Serra Talhada, que lhe deixou inelegível.

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