APRESENTAÇÃO

Olá, nobres internautas. Chegamos à penúltima reportagem da nossa séries especial Vila Bela: do Sonho ao Pesadelo. No texto que vocês vão ler agora, evidenciamos as opiniões da GRE (Gerência Regional de Educação), ligada ao governo do Estado, e da Secretaria Municipal de Educação sobre a questão da falta de transporte escolar para os alunos da rede estadual de ensino no bairro Vila Bela.

A fria omissão dos governos:

GRE não demonstra preocupação com alunos

O fato de cerca de 600 crianças andarem até 6 quilômetros até a escola estadual mais próxima, em Serra Talhada, parece não preocupar os governantes. Muito menos os riscos que correm meninos e meninas ao optarem em fazer um atalho perigoso colocando em risco a própria vida. Em conversa com a coordenadora da Gerência Regional de Educação (GRE), Josefa Rita, por telefone; ficou evidente que o Governo do Estado, por enquanto, mantém a tática da “avestruz” diante o problema.

Rita foi monossilábica com a reportagem do FAROL, se limitando informar apenas que estava tomando providências para contratar veículos de aluguel para os alunos. Porém, quando insistimos em perguntar o prazo da chegada dos veículos o telefone foi posto em caixa de mensagem. Insistimos no diálogo, por várias vezes, mas Josefa Rita não atendeu ao telefone.

MUNICÍPIO

Já o diálogo com o secretário municipal de Educação, Edmar Júnior, foi mais fácil e franco. O secretário, que vem acompanhando a série, disse que não há qualquer convênio entre o Estado e a Prefeitura de Serra Talhada para transportar os alunos da rede estadual. Portanto, segundo Edmar, a obrigação é do Estado oferecer o transporte.

“A prefeitura já disponibiliza sete ônibus para fazer o transporte de cerca de 700 alunos da nossa rede de educação. Destes, dois ônibus foram alugados. Acho que o Estado se exime da sua responsabilidade nesta questão”, declarou o secretário, em conversa com FAROL.

Edmar Júnior afirmou que a prefeitura poderia até ajudar, mas faltam recursos para este objetivo. “O aluguel de veículos é muito caro e o Estado não quer repassar recursos. Agora, solicitamos mais quatro ônibus grandes ao Fundo Nacional de Educação (FNDE). Se chegarem logo, há uma possibilidade de intervir no assunto”, declarou Edmar Júnior.