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Em uma espécie de “teste de fidelidade”, o presidente Michel Temer obteve votos favoráveis de 86,9% dos integrantes de sua base de apoio na Câmara dos Deputados na votação que aprovou, em primeiro turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto para os gastos públicos federais. O texto foi aprovado por 366 votos a favor, 111 contra e 2 abstenções.

Dos 412 parlamentares de partidos governistas da Casa, 386 estavam presentes na sessão. Dos aliados de Temer que registraram presença, 358 votaram a favor da PEC. Apesar de ser aliado do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), não votou porque o regimento interno prevê que ele se manifeste somente em caso de empate.

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Temer assegurou votação fechada em torno de sua proposta de ajuste fiscal em nove legendas: PMDB (64), PHS (7), PRB (20), PSC (6), PSDB (47), PSL (2), PTN (11), PV (6) e PRB (20).

Apenas 26 deputados governistas (equivalente a 6,3% do total da base) votaram contra o texto que é considerado uma das prioridades do Planalto para reequilibrar as contas da União. Houve também um deputado aliado que se absteve na votação. O partido aliado no qual mais foram registradas defecções foi o PSB.

Dos 32 deputados socialistas, 10 votaram contra a PEC do teto de gastos (quase um terço da bancada). A legenda comanda o Ministério de Minas e Energia com o deputado licenciado Fernando Bezerra Filho (PSB-PE). O titular de Minas e Energia, inclusive, foi exonerado do primeiro escalão apenas para voltar à Câmara e votar a favor da PEC do teto de gastos. Ele deve reassumir a cadeira no ministério nesta terça (11).