A ausência de uma fala do deputado federal e presidente regional do PR, Inocêncio Oliveira, na convenção que homologou a candidatura de Paulo Câmara ao Governo do Estado, ontem (16), reascendeu a discussão se o seu partido ainda pode deixar a Frente Popular. O Blog da Folha procurou um dos articuladores da postulação do senador Armando Monteiro Neto (PTB), o deputado Silvio Costa (PSC), para saber que foram retomadas as conversas para a atração da legenda comandada pelo republicano. O social-cristão negou, mas apontou uma insatisfação grande de Oliveira com o tratamento que vem recebendo dos socialistas.
“Eu convivo há oito anos, em Brasília, com o deputado Inocêncio Oliveira e, atualmente, o vejo muito triste e amargurado com o tratamento que o PSB o dispensa. Ele não está feliz com o fato de Eduardo ter colocado, em um programa de TV nacional (Roda Viva), Inocêncio na velha política. Foi uma declaração infeliz e injusta”, asseverou Silvio Costa.
O parlamentar fez questão de frisar, na sequência, a participação que Inocêncio Oliveira teve na fase inicial da campanha de Eduardo Campos em 2006 ao Governo do Estado, como mostra da importância que o parlamentar republicano teve naquele momento para o socialista. “A gente vê como ingratidão porque Inocêncio viabilizou a candidatura dele. Eduardo estava isolado e coube ao deputado tirá-lo dessa situação. Sem Inocêncio, não haveria candidatura”, cravou, completando: “Ele não deve ter ido porque Marina Silva deve ter vetado uma fala sua”.
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