O Brasil viveu nos últimos dias um dos momentos mais tristes da sua história recente, com a morte trágica do ex-governador Eduardo Campos (PSB). Um clima de comoção tomou conta do país, algo só visto na política quando da morte do presidente eleito – em função da enfermidade não foi empossado – Tancredo Neves, em 1985.
Por razões que não conseguimos explicar, escrevi a cerca de um mês aqui para Foral de Notícias, um texto intitulo de “o voo suicida de Eduardo Campos” – acredito que tenha sido apenas coincidência -, no qual avaliava como sendo desastrosa a sua campanha para presidente, assim como a do seu afilhado Paulo Câmara.
É evidente que todos os brasileiros ficaram chocados com a forma abrupta que vitimou Eduardo, principalmente os pernambucanos. Ele era político jovem e um pai de família extremamente presente. E possivelmente iria chegar mais longe do que o seu avô, Miguel Arraes.
No entanto, é preciso que se diga que o legado de Eduardo não pode ser lembrado apenas pela fatalidade, ou pelos projetos que implementou no Estado. Não podemos nos esquecer da forma violenta com o qual tratou os adversários e a aliança com setores conservadores da política local e nacional. Sem contar que a sua gestão foi marcada por duras medidas contra servidores públicos, muitas das quais são desconhecidas do grande público.
É claro que as avaliações feitas no calor do momento serão no sentido de exaltá-lo, o que será plenamente compressivo. No entanto, ao longo dos anos a história do ex-governador será escrita sem paixões, e quem sabe assim, poderemos entender melhor o verdadeiro legado deixado por Eduardo Campos!
Um forte abraço a todos e a todas e até a próxima!
28 comentários em OPINIÃO: A história dirá qual foi o legado deixado pelo ex-governador Eduardo Campos