gilson pereiraUma crise está em formação entre o legislativo de Serra Talhada e o governo do prefeito Luciano Duque. Desde que vazaram informações de que o gestor vetou todas as emendas impositivas dos 15 vereadores para o orçamento 2015, a oposição promete reagir e cobrar coerência até dos vereadores da bancada governista.

Pela primeira vez na história do parlamento da capital do xaxado, os vereadores puderam indicar cerca de R$ 1 milhão em emendas para as áreas sociais, mas o prefeito fez questão de “passar a tesoura” nessa possibilidade.

“É uma medida injusta porque já está provado que ele (Duque) não gosta muito de legislativo e não gosta de povo. Eu não me preocupo que ele não gosta de legislativo; estou aqui para fiscalizar a administração dele, que é uma das piores que essa cidade já teve. Se esse veto não for promulgado, se for rejeitado pela Câmara, Serra Talhada terá os vereadores que merece”, disse o líder da oposição, Gilson Pereira, arrematando: “O vereador que vai votar à favor desse veto do prefeito não precisa dizer para que veio, veio para prejudicar Serra Talhada”.

Na opinião de Gilson Pereira, o prefeito tem o direito de vetar as emendas impositivas, mas não está agindo dentro da lei. “Eu considero como uma medida injusta, apesar de ter o direito de fazer o veto. É um prejuízo ao Legislativo e às próprias categorias que deveriam ser beneficiadas com isso aí. Só que é um marco legal, está aprovado pela Câmara e pelo Senado. Não é questão de pedir à prefeito não”, reforçou Pereira.

Indignado, o parlamentar disse que era uma incoerência do prefeito vetar emendas de interesse social e pagar restos de administrações anteriores.

“Agora, se esse cidadão que já vive aí pagando milhões e milhões de restos à pagar do ex-prefeito Carlos Evandro, não aceita um projeto de lei significativo, que as medidas são impositivas, se elas são impositivas, são unilateralmente verificadas por cada vereador para indicar em seu campo de trabalho, seja saúde, seja educação, em todos esses campos”, finalizou.