Paulo Câmara (3)A preocupação no Palácio do Campo das Princesas com a paralisação de obras estaduais foi minimizada pelo governador eleito Paulo Câmara (PSB). Titular da secretaria estadual da Fazenda até abril deste ano, ele garante que a saúde fiscal do Estado está em boas condições. Nos bastidores, a aposta da equipe do socialista é que os problemas no entrave das obras são uma consequência da apertada situação das contas do Governo Federal. A avaliação é que a administração da presidente Dilma Rousseff (PT) enfrenta dificuldades no encerramento deste ano, o que provocou reduções nos repasses de verbas para os estados.

Durante entrevista à Rádio CBN, ontem, Paulo Câmara garantiu que os números do Governo do Estado garantem tranquilidade para sua futura administração. O socialista afirmou que Pernambuco “não é rico” e “nunca houve recursos sobrando no Estado”, mas que a gestão cumpre suas metas e indicadores. “As informações que tenho é que vamos ter bons números este ano. A expectativa é que vamos ter investimentos de quase R$ 3 bilhões. É um dado bom, visto que tivemos restrições no PAF (Plano de Ajuste Fiscal ) e novas operações não foram possíveis. Recursos de convênios com Governo Federal não vieram dessa vez, até pelas dificuldades do Governo Federal de recursos”, afirmou.

Continua depois da publicidade

De acordo com o socialista, a conclusão das obras inacabadas será uma das prioridades da sua administração. Paulo Câmara afirmou que cada caso deve ser estudado para avaliar os motivos que causaram o atraso das demandas. “Não tenho informações detalhadas. Mas todas as obras não concluídas precisam ser finalizadas. Essa é a nossa premissa. Vamos ver os problemas nas obras em andamento e dar prioridade”, disse.

Em fase de transição de Governo, a equipe de Paulo Câmara começa a se atualizar sobre os números do Estado. O governador eleito pretende fechar o novo organograma estadual para somente definir os nomes que irão compor sua futura gestão, no início de dezembro. Sobre a escolha dos quadros, o socialista garantiu que “não terá preconceito”, mas que as indicações do partidos aliados terão que levar em conta experiência e capacidade técnica. “Às vezes a pessoa não tem conhecimento, mas tem experiência e sabe montar a equipe”, destacou.

( Do Blog da Folha )