De janeiro até a primeira quinzena de maio deste ano, apenas 20 mulheres vítimas de violência buscaram ajuda do Cram (Centro de Referência em Atendimento à Mulher), que funciona no bairro da AABB, em Serra Talhada. O equipamento tem a principal função de acolher mulheres vítimas de agressões, oferecendo, além de amparo psicológico, social e jurídico, encaminhamento para uma casa-abrigo e possibilidade de proteção às vítimas ameaçadas de morte.
O órgão tem abrangência municipal, no entanto, ainda possui uma procura baixíssima. A secretária da Mulher, Mônica Cabral, reconhece que ainda é muito pouco, mas é um passo importante na luta para quebrar com a rede de violência. “Ainda é pouco, mas com o trabalho de conscientização, vamos conseguir alertar mais mulheres. E essa rede de violência vem sendo quebrada aos poucos”, comentou a gestora.
Mônica encarou como um choque para toda a equipe que vem trabalhando no Cram e na Secretaria da Mulher, o assassinato de Francielba Vieira, 35, ocorrido na última sexta (15), no bairro da Caxixola.
“Essa morte mexeu com toda a equipe, foi um choque. Fomos verificar se ela (a vítima) vinha sendo atendida pelos nossos serviços, mas não estava. O nosso maior desafio é vencer esse forte machismo que impera na sociedade serratalhadense. E para continuar combatendo isso, vamos massificar ainda mais as nossas políticas”, disse Mônica.
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