“Há consenso que a atual base de três taxas (oficiais de câmbio) deve ser modificada. Está é uma medida muito esperada para facilitar as importações e encher as prateleiras (de produtos)”, adiantou. Ex-ministro de Economia e Finanças, Cabezas explicou que a Venezuela passa por momentos difíceis e “desequilíbrios macroeconômicos, que se somam à queda dos preços do petróleo”. Com a situação, o governo venezuelano tem “tentado abrir um espaço de diálogo” com variados setores da sociedade venezuelana. De acordo com Rodrigo Cabezas, também está em debate o aumento dos preços da gasolina, a fixação de preços de venda ao público dos produtos e a substituição de importações.
O ex-ministro admitiu que os venezuelanos esperam que o Executivo solucione o problema da falta de abastecimento de alimentos e medicamentos no país. Ele disse confiar que a Venezuela sairá da crise e criará um sistema produtivo que supere a dependência da renda do petróleo, a principal fonte de recursos do país. “Sem agendas violentas, porque ninguém tem de morrer, porque há uma crise e as saídas políticas devem ocorrer no quadro da Constituição.” Com 107 votos contra (da oposição) e 53 a favor, o parlamento venezuelano rejeitou em 22 de janeiro o Decreto de Emergência Econômica assinado pelo presidente Nicolás Maduro para enfrentar a crise econômica no país.
Segundo o governo venezuelano, o decreto tinha como finalidade combater a “guerra econômica”, “construir uma Venezuela produtiva e independente” e enfrentar a conjuntura adversa suscitada pela queda dos preços do petróleo, a principal fonte de receitas, em moeda estrangeira, do país. O decreto presidencial teria uma duração inicial de 60 dias prorrogáveis. Para a oposição, a aprovação do decreto de emergência poderia agravar a crise venezuelana, por não abordar com precisão matérias políticas, financeiras e cambiais.
Da Agência Brasil