arenaO governo de Pernambuco anunciou, nesta sexta-feira (4), a rescisão do contrato de concessão da Arena Pernambuco, que era administrada pela Arena Pernambuco Negócios e Participações, consórcio liderado pela Odebrecht. Um estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) a pedido do poder estadual embasou a decisão.

Coube à fundação fazer uma análise do aspecto econômico do contrato da parceria público-privada, seus custos, suas receitas, apontando caminhos para a execução ou rescisão contratual. Segundo o governo, o estudo apontou que “a frustração de receitas decorreu da subutilização do equipamento” e, por isso, foi tomada a decisão de rescindir o contrato.

Também nesta sexta, foi divulgado um estudo do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE), que apontou 21 irregularidades na contrato de construção e exploração da Arena Pernambucano. O relatório constatou que foram gastos R$ 90 milhões a menos que o gasto calculado pelo consórcio, de R$ 479 milhões. No relatório, os auditores apontam que o acordo seria lesivo ao estado e pediram extinção do contrato.

A nota divulgada pela administração estadual sobre o rompimento do contrato aponta ainda que o governo não vai realizar mais nenhum pagamento ao consórcio, que também construiu a Arena, “enquanto não houver uma decisão definitiva dos órgãos de controle quanto ao valor total da obra”.

O estado informou ainda que vai abrir uma concorrência internacional para contratar uma nova empresa para a operação da Arena.

G1/PE