O presidente norte-americano, Barack Obama, disse, durante ato de homenagem às cerca de 30 mil vítimas da ditadura argentina, cujo golpe completa 40 anos hoje, dia 24, que Washington precisa “analisar o passado” que levou a apoiar regimes autoritários na América Latina. “Existem polêmicas sobre as políticas norte-americanas” aplicadas nos anos 1960, 1970 e 1980 e “isso é algo no qual estamos trabalhando”, acrescentou.

Obama ainda pronunciou em espanhol a frase que se converteu no símbolo da luta pela retomada da democracia: “Nunca más!”. “Vocês serão os que farão com que o passado não se repita”, disse em evento no Parque da Memoria, em Buenos Aires, na companhia do colega argentino, Mauricio Macri.

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“Existem polêmicas sobre as políticas norte-americanas” aplicadas nos anos 1960, 1970 e 1980 e “isso é algo no qual estamos trabalhando”, disse Obama, em Buenos Aires

O líder norte-americano ainda reiterou a desclassificação de arquivos militares e de Inteligência referentes à ditadura argentina (1976-1983).

Organizações e familiares de vítimas consideraram uma falta de respeito a presença de Obama no ato após Washington ter ajudado a orquestrar o golpe militar no final dos anos 1970. Desta forma, organizações dos direitos humanos, como as Mães e a Avós da Praça de Maio, não participaram do evento. Ainda hoje, as Mães e a Avós realizarão um ato na Praça de Maio em repúdio ao golpe. Milhares de pessoas são esperadas. (ANSA)

Do Jornal do Brasil