
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), se reúne hoje com líderes a fim de fechar detalhes dos procedimentos. A previsão é que a sessão de sexta-feira comece às 9h e pode entrar na madrugada. No dia seguinte, os trabalhos continuam, com a votação ocorrendo no domingo. Pelas regras, cinco integrantes de cada partido podem falar por até uma hora. “Vamos cumprir rigorosamente a lei. No impeachment do ex-presidente (Fernando) Collor, houve um acordo para reduzir as pessoas (…) Não vou conduzir para nenhum tipo de acordo dessa natureza”, afirmou Cunha. Antes dos parlamentares, falam o autor do pedido de impeachment e a defesa da presidente.
Quanto à ordem de votação, Cunha deve anunciar amanhã. Aliados acreditam que ele deixará deputados do Nordeste para o fim, o que pode prejudicar o governo. Ontem, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin negou mandato de segurança do líder do PDT, deputado Weverton Rocha (MA), contestando essa ordem. Cunha afirmou que não pode usar a ordem alfabética como Ibsen Pinheiro fez na época do Collor devido a uma resolução incluída ao regimento da Casa em 1992. O peemedebista criticou ainda possíveis ausências a fim de favorecer o Planalto. “Certamente, quem fingir qualquer tipo de coisa para não vir votar vai ter que responder pelo lado político”, disse.
Do Diario de Pernambuco