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O Exército do Iraque anunciou ter encontrado nesta segunda-feira, 7, mais de 100 corpos decapitados em uma fossa comum ao sul da cidade de Mossul, alvo de uma ofensiva da coalizão contra o Estado Islâmico. Segundo os militares iraquianos, as vítimas foram mortas por militantes do grupo.

No fronte norte, tropas curdas tomaram um subúrbio da cidade e expulsaram militantes do grupo da região, enquanto, do lado oriental, forças do Exército iraquiano também seguem avançando. A operação de forças iraquianas, apoiadas pelos Estados Unidos,  para libertar Mossul entrou em sua quarta semana. As forças iraquianas contam com cerca de 100 mil soldados, além de milícias xiitas e curdas.

Bashiqa, a 15 quilômetros de Mossul, foi tomada ontem por milícias curdas. “Nosso objetivo é limpar a cidade de militantes do EI”, disse o coronel Safeen Rasoul. “Estimamos que existam 100 deles ali.”

Nos últimos dias, militantes do EI conseguiram retardar o avanço da ofensiva com uma série de escaramuças e ataques com carros-bomba.  No front sul, a coalizão tomou  Hamam al-Alil, última grande cidade ao sul de Mossul, observaram jornalistas da AFP.

Esta reconquista abre caminho para as forças iraquianas aumentarem a pressão na periferia sul de Mossul, onde estão localizados o aeroporto internacional e uma importante base militar que o exército havia abandonado em junho de 2014, quando o EI assumiu o controle da segunda maior cidade do país.

Síria. Em paralelo ao avanço sobre Mossul, outra coalizão árabe, curda e americana, lançou também uma operação para retomar Raqqa, na Síria, autoproclamada a ‘capital’ do Estado Islâmico. Fontes curdas disseram à Reuters que os militantes também têm usado drones com explosivos.

Ali, como no Iraque, os extremistas lançam ataques surpresa, muitas vezes usando carros-bomba para conter o avanço dos combatentes. Ontem, as forças da coalizão avançaram cerca de 12 km a partir da localidade de Suluk (80 km ao norte de Raqqa). “Nós conseguimos apreender armas do EI e matamos muitos dos seus combatentes”, disse  porta-voz da ofensiva, Jihan Sheikh Ahmad.

A operação “Revolta de Eufrates” mobiliza cerca de 30 mil combatentes das Forças Democráticas da Síria (FDS), uma aliança anti-EI dominada pelos curdos, mas que também inclui árabes e turcomanos.

Aviões americanos, franceses ou britânicos também desempenham um grande papel para eliminar veículos suspeitos e posições do EI.

“O EI envia carros-bomba, mas as aeronaves da coalizão e nossas armas anti-tanques limitam sua eficácia”, comemora uma autoridade no comando da operação.

Do Estadão